Polícia Civil investiga assassinato de desempregado em templo da Universal

O crime aconteceu no final do ano passado, mas até hoje a polícia não conseguiu identificar os agressores, em razão disso, a polícia civil repassou o caso para a delegacia especializada em homicídios

Polícia Civil investiga assassinato de desempregado em templo da Universal

Foto: Divulgação

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O Templo da Fé, da Igreja Universal do Reino de Deus, em Santo Amaro (SP) é palco de uma investigação da Polícia Civil. O desempregado Ronaldo Bispo dos Santos, de 48 anos, teria sido morto pelos seguranças da igreja ao pedir para usar um dos banheiros após o encerramento dos cultos. Ele morreu quatro dias depois em função do espancamento.

O crime aconteceu no final do ano passado, mas até hoje a polícia não conseguiu identificar os agressores, em razão disso, a polícia civil repassou o caso para a delegacia especializada em homicídios.

O caso, segundo informa o jornal Folha de São Paulo, vinha sendo conduzido em sigilo, e até mesmo os familiares de Ronaldo tem dificuldades em receber informações sobre o andamento das investigações. Já foram ouvidas 13 pessoas, entre seguranças e membros da administração do templo, mas até agora não foi possível identificar os agressores.

A polícia tomou conhecimento porque antes de morrer, ainda no hospital, Ronaldo teria dado os detalhes do que aconteceu com ele a familiares.

De acordo com a família, Ronaldo era católico e havia ido ao templo tentar localizar sua esposa, Maria do Campo Conceição, 46, fiel da igreja Universal. Como eles se desencontraram, antes de ir para a parada de ônibus ele pediu para usar o banheiro da igreja, e sem justificativa nenhuma um segurança passou a agredi-lo, e logo em seguida outros dois se juntaram à sessão de pancadaria. Ele contou que chegou a pedir ajuda a dois pastores que ignoraram o pedido.

Laudos do IML apontam que ele teve vários ferimentos e lesões internas, entre elas a alça do intestino, traumas na cabeça e edema nos pulmões.

A igreja nega que o crime tenha sido cometido por seguranças, em nota informou que as câmeras estavam desligadas no dia em função de manutenção e que usa apenas segurança patrimonial até às 18 horas. Após esse horário a guarda é feita por “voluntários”.

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