Um policial militar foi salvo pelo celular na tarde de ontem no, Jardim Água Branca, em Araraquara. Isso porque a vítima, de 24 anos, chegava em casa exatamente no momento em que sua família era feita refém.
Quando abriu o portão, os bandidos colocaram uma arma na cabeça do PM e, imediatamente, viram que ele trazia um uniforme da corporação nas mãos, então passaram a atirar. Contudo, o disparo acertou o aparelho celular que a vítima trazia no bolso traseiro da calça.
Segundo o irmão do policial, a mãe deles estava lavando a calçada quando foi surpreendida pelos bandidos armados, que a rendeu e levou para o interior da casa, onde foi feita refém com ele por 20 minutos.
“Durante todo esse tempo um dos homens nos ameaçava com um revólver enquanto o outro vasculhava todos os cômodos, a procura de bens, foi terrível”, conta o irmão do policial, que não quis se identificar.
Segundo as vítimas, os ladrões já estavam no quintal quando o policial militar chegou. Os homens atiraram logo que viram uma farda em suas mãos. Ele levava o novo uniforme que está sendo entregue aos militares do Estado, para lavar na casa da mãe.
Um dos disparos atingiu o aparelho celular do policial. O dispositivo, que ficou completamente destruído, “salvou” o PM.
“Foi sorte, o celular foi como um ‘escudo’. Era para eu ter sido ferido”, relata.
Na tentativa de fuga, os criminosos desferiram mais um disparo contra o policial, que havia caído no chão. O tiro atingiu o portão da casa vizinha.
Eles ainda renderam uma das filhas do PM que estava no carro, estacionado na frente da casa, com a irmã e a mãe.
“Fiquei em choque esperando que eles fossem levar o veículo. Meu marido estava caído no chão e uma das minhas filhas tinha um revólver mirado contra a cabeça. Foi terrível”, conta a mulher. Os bandidos fugiram em uma moto e, até o fechamento, ninguém havia sido preso.