Hackers tentam invadir site da Receita Federal pela segunda vez

Hackers tentam invadir site da Receita Federal pela segunda vez

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Foto: Divulgação

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O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) informou que o site da Receita Federal sofreu nova tentativa de ataque de hackers nesta quarta-feira entre 13h e 15h. Segundo o diretor-superintendente do Serpro, Gilberto Palhanotto, a página não chegou a ficar fora do ar porque o órgão detectou o problema a tempo de revertê-lo. "Identificamos o ataque imediatamente e não houve nenhum dano a qualquer tipo de dado, nem lentidão na rede", afirmou.

Os sites da Presidência, do governo federal e da Receita já haviam sido invadidos por hackers durante a madrugada. O fato ocorreu entre 0h30 e 3 horas desta quarta. Para evitar danos ao conteúdo das páginas, o Serpro manteve os sites indisponíveis da 00h40 à 1h40. “Não houve invasão. O que eles conseguem com esse volume de acessos é deixar os sites inoperantes por algum tempo enquanto eliminamos o risco. Mas os dados dos sites continuam confiáveis”, explicou.

O sistema do Serpro entra em alerta quando o número de acessos ao site fica fora do comum. Durante a madrugada, por exemplo, praticamente ninguém acessa os sites oficiais. No período do ataque, houve 2 bilhões de acessos, o que chamou atenção dos técnicos do órgão. Esse congestionamento paralisa o site, já que a quantidade é superior à que o provedor suporta.

Nos dois ataques desta quarta-feira, os invasores utilizaram endereços de computadores (IPs) da Itália, segundo Palhanotto, para despistar os órgãos de controle na internet.  “A maioria dos hackers usa endereços falsos, clonados de outros computadores. Cada vez eles escolhem de um país diferente”, disse.

De acordo com o órgão governamental, diversos "robôs eletrônicos" participaram dos ataques. Esses robôs são, geralmente, máquinas comuns contaminadas por vírus e responsáveis por espalhar o ataque sem que o usuário tome conhecimento do que está acontecendo. De acordo com Palhanotto, é impossível controlar todos os ataques contra os sistemas do governo. “Nenhum lugar no mundo tem um sistema nota dez, mas o nosso é muito próximo disso”.

O Serpro é responsável pelas correções técnicas, mas a investigação do caso ficará a cargo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência e da Polícia Federal.

Autoria - Durante a manhã, o grupo conhecido como Lulz Security (LuzSec) – que já hackeou o site da CIA e do Senado americano – publicou mensagens no Twitter reivindicando a responsabilidade pela queda das páginas. De acordo com as postagens no microblog, o trabalho é atribuído a uma célula brasileira conhecida como LulzSecBrasil. Os serviços comprometidos voltaram a funcionar, mas ainda apresentam instabilidade

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