“Beira Mar” não veio para presídio federal de Porto Velho por causa de membros da mesma facção
Foto: Divulgação
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O tempo de permanência do traficante mais temido do Brasil no Rio Grande do Norte será uma decisão do juiz federal Mário Jambo, que volta ao trabalho amanhã (09). O pedido para Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar ser transferido para o presídio federal de Mossoró foi do Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça Federal, o pedido foi aceito pelo juiz Vinícius Vidor, que ocupa interinamente o cargo de Mário Jambo, de férias. Ainda segundo a assessoria, o pedido do DEPEN foi aceito, por Vinícius Vidor, em caráter estritamente provisório. A decisão foi tomada devido à gravidade do que vinha ocorrendo na Penitenciária Federal de Catanduvas.
O juiz federal Mário Jambo já havia negado, em 2010, vários pedidos de transferências de presos considerados de alta risco para a Penitenciária Federal de Mossoró, por considerar precárias as condições de segurança da unidade. Havia, por exemplo, o problema da água. A informação era de que não havia autonomia hidráulica e que a solução era receber água do Presídio Estadual Mário Negócio.
O jornal A TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério de Justiça, em Brasília (DF). De acordo com informações repassadas pelos funcionários do órgão, as transferências de presos entre as quatro penitenciárias federais do país são periódicas. Catanduvas (PR), Campo Grande (MT), Porto Velho (RO) e Mossoró (RN).
O serviço de inteligência do DEPEN evita encaminhar presidiários que pertençam à uma mesma facção para uma única unidade prisional, o que provocaria uma facilitação ainda maior para os criminosos comandarem o crime organizado de dentro das penitenciária. Beira-Mar já esteve no presídio federal de Campo Grande, mas não podia ser transferido para Porto Velho porque, segundo informações da direção daquela unidade, lá já estão “presos da facção do Comando Vermelho liderada por Luiz Fernando da Costa”.
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