Ministério Público Federal vai investigar atos secretos do Senado editados nos últimos 14 anos
Foto: Divulgação
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O Ministério Público Federal decidiu investigar os atos secretos editados pelo Senado nos últimos 14 anos. A procuradora Anna Carolina Resende vai conduzir a investigação.
Senadores da base governista e da oposição vão cobrar do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a anulação dos atos secretos. Com a imagem da instituição arranhada pelos escândalos, os senadores querem que Sarney se pronuncie publicamente decretando a nulidade dos atos como forma de minimizar os impactos negativos à Casa.
Outra ação esperada de Sarney é a demissão dos servidores que assinaram os atos secretos --Agaciel Maia, João Carlos Zoghbi, ex-diretor de Recursos Humanos, e Alexandre Gazineo, atual diretor-geral da instituição.
Os senadores não falam, porém, no afastamento do presidente do Senado nem em sanções ao peemedebista --uma vez que vários senadores ocuparam a presidência da instituição no período em que os atos foram editados.
Mais de 500
Os técnicos da comissão criada para analisar os atos secretos do Senado que foram utilizados para nomear parentes, amigos, criar cargos e aumentar salários devem entregar nesta terça-feira o resultado das investigações ao primeiro-secretário da Casa, Heráclito Fortes (DEM-PI).
Integrantes da comissão avaliam que os atos sigilosos podem chegar a mais de 500 nos últimos 14 anos. O levantamento dos dados é complexo diante do tamanho do período em que os atos foram publicados secretamente --referente ao tempo em que Agaciel Maia esteve à frente da diretoria-geral da Casa.
Medidas
A Folha Online apurou que Sarney deve anunciar medidas relacionadas à edição dos atos secretos, tomando para si a responsabilidade sobre o controle da crise. Desde que assumiu o cargo, ele vinha adotando a postura de não se envolver diretamente em assuntos administrativos da Casa, repassando as responsabilidades ao primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI).
Com a pressão dos parlamentares, o peemedebista deve mudar o comportamento para mostrar que tem o controle da crise institucional que arranha o Senado há mais de três meses.
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