*Medida provisória editada pelo governo no Diário Oficial da União na terça-feira (30) revoltou a grande maioria dos servidores públicos do Executivo Federal. A MP, que concede reajuste diferenciado há seis categorias, contempla até agora apenas 160 mil servidores. Continuam de fora mais de 600 mil funcionários de diferentes categorias, todas representadas pela Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (CONDSEF).
*“É revoltante pensar que milhares de trabalhadores com média de 27 anos dedicados ao serviço público e mais de 12 sem reajuste tenham que contar com migalhas do orçamento”, reclama o secretário-geral da CONDSEF, Josemilton Costa.
*Em março, servidores da base da Confederação lotaram os corredores do Congresso Nacional durante a votação do orçamento. Sensibilizados pelas reivindicações dos piores salários da União, parlamentares aprovaram R$5,1 bi para investimentos que deveriam garantir o cumprimento de acordos feitos em 2005.
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PROTESTO DE SERVIDORES
*A apenas um mês do prazo limite de conceder reajustes diferenciados aos servidores públicos e em ano eleitoral, o governo Lula enfrenta, nesta quinta-feira (1), uma manifestação na Esplanada dos Ministérios reunindo diversas categorias. O ato teve início as 9 horas com a participação de cerca de sete entidades ligadas à Coordenação Nacional de Entidades de Servidores Públicos Federais (CNESF).
*A manifestação, que terá concentração em frente à Catedral de Brasília, representa o repúdio dos servidores ao tratamento dado pelo governo aos trabalhadores do Executivo nesses quase quatro anos do mandato de Lula. Quase todas as categorias possuem algum acordo feito com o governo e ainda não cumprido. “O que nos revolta é a geração de expectativas que certamente acabarão no vazio. Consideramos essa uma falta de respeito que decepcionou a todos”, afirma Pedro Armengol, diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (CONDSEF). A expectativa é de que este seja o maior manifesto realizado em 2006 pelos servidores federais.