Resenha Política – Por Robson Oliveira
Foto: Divulgação
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Retaliação
Embora o DEMO tenha apoiado a candidatura de Confúcio Moura nas eleições passadas, a relação dos dirigentes dos Democratas (leia-se José Bianco) com o governador Confúcio Moura (PMDB) não é boa e dificilmente o partido volte a apoiar o governador numa eventual candidatura à reeleição. As relações azedaram desde a operação policial que fez uma busca e apreensão de documentos na residência de Arnaldo Bianco, irmão do ex-prefeito de Jipa.
Intimidação
Os Democratas acreditam que a operação policial foi uma retaliação governista para intimidar uma suposta postulação de José Bianco ao Governo de Rondônia. Não há registros oficiais que a estrutura governamental tenha sido utilizada para constranger o ex-prefeito de Ji-Paraná, mas houve nas hostes palacianas quem tenha comemorado a ação. Razão pela qual é provável que os Demos apoiem Expedito Junior (PSDB), caso o tucano decida entrar na disputa.
Exoneração
O azedume entre os Democratas e o governador já teria alvejado um dos membros da legenda que ocupa cargo no primeiro escalão estadual. Walter Silvano, presidente do IPERON e dirigente dos Democratas, segundo uma fonte próxima a Confúcio Moura, teria encaminhado ao chefe do executivo estadual uma carta contendo o pedido de exoneração. A informação não foi confirmada. No entanto, a fonte privilegiada assegurou à coluna que viu o pedido.
Ibope
Provocou debates nos meios de comunicação a pesquisa divulgada nacionalmente pelo Ibope que avaliou a popularidade de todos os governadores do país e da presidente Dilma Rousseff. Confúcio Moura foi o décimo primeiro governador mais bem avaliado com percentuais acima dos cinquenta pontos de aprovação. A notícia foi recebida com festa pelos peemedebistas que duvidavam da recuperação do seu proeminente líder. A oposição sentiu os números e optou em desqualificar. O que é natural.
Catástrofe
Os números favoráveis e divulgados pelo Ibope anteciparam uma reunião do PMDB com Confúcio Moura na quinta-feira passada, onde os caciques cobraram uma definição do governador sobre a reeleição. Mesmo desconversando e procrastinando o anúncio da pré-candidatura à reeleição, é dado como certo Confúcio Moura na disputa pelo segundo mandato. Somente ocorrendo uma catástrofe para que desista do pleito em 2014.
Euforia
A euforia peemedebista não foi maior porque alguém lembrou que a mesma pesquisa que revela uma aprovação razoável do governador é a mesma que lhe dá um percentual de rejeição expressivo. Quem sabe ler pesquisa e avaliar perspectivas eleitorais também sabe explorar com competência os pontos fracos de um candidato ao ponto da avaliação positiva se dissipar durante a campanha feito nuvem. A verdade é que ainda é cedo pra se empinar o nariz.
Burburinho
Há um ditado que diz: onde há fumaça há fogo. Sem trocadilhos, é muito forte o burburinho de que as coisas não andam bem na área ambiental de Rondônia. Pode ser que haja uma campanha premeditada nos bastidores para transformar o setor num monte de cinzas e passar a ideia de terra tombada. Mas as labaredas de queimação contra a titular da área já podem ser vistas de longe. Assim como o cheiro de queimada.
Alvo
O deputado estadual Neodi Carlos (PSDC) já anunciou que tem uma vontade enorme de disputar o Governo de Rondônia, mas ancora o projeto num eventual apoio do senador Ivo K-Sol (PP). O apoio do senador não significa necessariamente que Neodi passe a ser um candidato viável. Assim fosse, K-ula, invenção de K-Sol, não teria levado uma sova de Confúcio Moura. Outro obstáculo a ser transposto pelo parlamentar é a suposta ligação com o setor mais atrasado do extrativismo predatório de Rondônia que sempre vive enrolado na justiça. Isso sem falar dos problemas referentes a sua passagem pela presidência da Assembleia Legislativa. A candidatura de Neodi Carlos seria um alvo fácil a ser atingido. Quem viver verá!
Pendência
Os políticos que possuem pendências jurídicas não vão ter vida fácil nas cortes eleitorais. A tendência hoje é desfavorável aos políticos que insistem em transgredir as normas eleitorais. Quem tem passivo eleitoral aguardando julgamento que reze para não ser abatido em pleno voo. Em particular ex-prefeitos.
Sobrevida
A deputada estadual Ana da 8 conseguiu escapar da cassação mesmo depois que um ex-assessor confirmou ter assinado um documento terceirizando o mandato para uma suposta máfia. A sobrevida não lhe dará sossego para concluir o mandato, pois são fortes os indícios de que tão logo retorne do recesso natalino o mandato vai ser passado à lâmina por outras vias.
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