ONDE ANDAVA
Um amigo reclamou que parei de escrever o Politicando. Explico: Atuo com mais ênfase no departamento comercial do Rondoniaovivo, que toma boa parte do tempo. Tem vezes que penso que o dia poderia ter pelo menos 30 horas para dar conta do recado. Peço desculpas pela falta de periodicidade. Mas fazer o que? Tenho que garantir o leite das crianças...
L 200 TURBINADA
Esta situação aconteceu na primeira edição do Rally Bolpebra, segundo relato de um amigo jipeiro. Estavam acelerando numa “carretera” dentro da Bolívia, numa larga estrada de terra. No trecho entre Riberalta e Cobija, atravessando uma área de reserva boliviana.
Segundo o “piloto” que tocava uma L200 Mitsubishi preparada, percebeu pelo retrovisor que um grande temporal se aproximava. Falou para os três companheiros de viagem.
-Tá vindo chuva, vou acelerar para não ficarmos na lama. E começo a pisar fundo no acelerador...
O temporal continua a se aproximar. Um vendaval acompanha a tempestade. Pelo retrovisor, o “motora” vê raios que cortam o céu azul profundo. Castanheiras centenárias são envergadas pela força do vento. Balançam como coqueiros.
Com a aproximação da chuva, acelera-se mais. O forte motor turbinado ronca na selva. Chega a 140km/h. A chuva continua se aproximando. Sobe para 150km/h.
A tempestade mais perto. Mais velocidade, a “bruta” chega a 168km/h. Mesmo assim o temporal alcançou a L200. Com um pouquinho mais de aceleração, já na casa dos 180km/h, o amigo/piloto conseguiu estabilizar sua relação com a chuva. O temporal não conseguiu ultrapassar, mas ficou bem no meio da cabine dupla. Chovia até a coluna central do carro. Mas não conseguiu ultrapassar.
Aí veio a façanha. As rodas dianteiras ficaram no seco, levantando poeira. As de trás, com a chuva, patinavam na lama. E assim foi pra mais de 40km de estradão, nesta guerra insana com a chuva, que não conseguia passar do meio da camionete. Poeirão nas rodas da frente. Lama nas rodas de trás.
Diz o amigo que quando chegou em Cobija (BO), o carro parecia “mentira”, com metade seca, empoeirada. A parte de trás com lama até o teto. Será..????
PAPO MUITO SÉRIO - USINAS
A usina de Santo Antônio está pleiteando ao Governo Federal e suas respectivas agências (Aneel/Ana) a elevação da cota do reservatório. Quer subir o lago de 70,5 metros para 71,3 m. Este aumento não estava previsto no projeto inicial. Não se tem conhecimento do que pode causar a população afetada. Não se sabe quais serão os impactos sociais e ambientais.
Acima da represa, Interlocutores dizem com firmeza que Jacy Paraná será afetada com a elevação do lago. Mais ribeirinhos serão desalojados. A Br 364 também pode sofrer alagação, sem estar explicado quem vai refazer (elevar) estes trechos. Nova mortandade de animais silvestres no horizonte.
Abaixo do paredão de concreto a situação também é temerária. Com o aumento do lago e o consequente aumento de força das águas do “madeirão” novos desbarrancamentos estão previstos.
Para piorar, a agência nacional de águas (ANA) transfere ao consórcio de Santo Antônio a responsabilidade pela avaliação dos impactos ambientais sobre a ponte da BR-364, que corta o Rio Madeira. Isso mesmo, a ponte que está sendo construída pode ser afetada.
Para completar, leio com total espanto a declaração de Victor Paranhos (Usina Jirau) ao jornal O GLOBO sobre a elevação da cota do reservatório da Usina Santo Antônio. Confira abaixo:
Segundo o diretor, “A proposta de esvaziamento rápido do reservatório na época de cheia, previsto no pedido, criaria um tsunami na região. É um crime ambiental e social, podendo afundar balsas e atingir ribeirinhos e pescadores” .
Durma-se com um barulho deste. Tsunami no Madeira??
A pergunta é? Onde andam os representantes do povo. Cadê os deputados estaduais? E a bancada federal? Tá todo mundo no bolso de “Santo Antônio”. Ou pior, estão doidos para entrar? E os vereadores de Porto Velho? Estão muito envolvidos com a CPI da Emdur?
Os órgãos fiscalizadores devem com celeridade barrar esta insanidade que visa o lucro de mega empresários em detrimento ao povo deste estado.
SUL MARAVILHA
Fico pensando. Não seria mais viável aumentar também a cota dos lagos das hidrelétricas localizadas no sul e sudeste, para colocação de novas turbinas e aumentar a produção de energia. O grande consumo está lá.
Elevar em 80 centímetros os lagos causaria um desastre sem precedentes aos sulistas. Grandes áreas de plantação seriam tomadas pelas águas, fazendas de gado seriam prejudicadas. Cidades nos barrancos a jusante seriam afetadas. Então o que fazer?
Lá nem pensar... Vamos fazer em Rondônia. Lá tudo pode. Terra de muro baixo. De políticos que andam de calças arriadas para os “usineiros”.
Uma mobilização se faz necessária. A sociedade civil organizada deve repudiar esta sandice do povo de "Santo Antônio".
EXTREMA DE RONDÔNIA
Estive no final de semana lá pelas bandas de Extrema de Rondônia. Tenho muitos amigos na região. Um em especial. O professor Marquelino Santana. Em conjunto estamos trabalhando num projeto para construção de um mastro da bandeira brasileira no Porto da Balsa, na Br364. (Clique aqui e veja reportagem).
BARRIGA DE MESA
Conheci outro “boa praça” em Extrema. “Seo” Otacilio que se prontificou em recebernos na sua casa para comermos um churrasco de XXXX. Conhecido por ter uma barriga “bem tratada”, brincou com seu abdômen, usando-o como “mesa” para cerveja e copo. Pense numa barriga útil....
REPORTANDO
O repórter Roberto Cabrini (SBT) também andou lá por Extrema. Está produzindo reportagem especial sobre a questão fundiária no sul do Amazonas, região de Labrea, que possui melhor acesso pela região. O tal do Dinho ( invasor de terras profissional) que foi assassinado recentemente pode fazer parte da matéria.
PONTA DO ABUNÃ
Discordo da tal “Terra sem lei” que tentam imputar á Ponta do Abunã. Lugar de gente trabalhadora, que tem o direito de se emancipar de Porto Velho. Estão a cerca de 350km da sede política.
Falta vontade política, sobra demagogia oficial. No final de fevereiro, a população deve dar novo passo na sua luta política. Vem chumbo grosso. E estaremos lá, para cobrir o "fato"..
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