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O governador precisa revogar a lei estadual, atualmente suspensa pela Justiça |
Em pronunciamento nesta quarta-feira (8), o senador Ivo Cassol (PP-RO) denunciou a situação de "caos" na administração de Rondônia, que atribuiu à falta de ação do governo estadual. Cassol criticou a concessão de isenção fiscal de R$ 1 bilhão para as usinas hidrelétricas do Rio Madeira, ao mesmo tempo em que o estado pede empréstimo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
- Quando um governo dá isenção, é porque não precisa de dinheiro, é porque tem dinheiro sobrando. Deram R$ 1 bilhão para gerar emprego em São Paulo, gerar emprego no Rio, gerar emprego nos grandes centros - disse o parlamentar.
Ivo Cassol declarou que, quando governador, foi contrário à isenção para as usinas por considerar que os valores já estão embutidos no preço estabelecido em leilão, e que entregou um governo "enxuto" a seu sucessor, Confúcio Moura (PMDB). Em sua opinião, o governador precisa revogar a lei estadual, atualmente suspensa pela Justiça, que concede "mordomia" ao consórcio responsável pelas hidrelétricas.
- Após as usinas, sabe o que vai ficar? Vai ficar desemprego, aumentar a marginalidade, faltar recursos para poder gerar renda e gerar riqueza. É a ressaca, como aconteceu em Foz do Iguaçu, na época de Itaipu.
O senador também se manifestou contra o projeto, enviado no fim de 2011 à Assembleia Legislativa rondoniense, de tomada de empréstimo de mais de R$ 540 milhões do BNDES. Para Ivo Cassol, que também denunciou desvio de "milhões e milhões de reais" na área da saúde no estado, a dívida comprometerá as futuras gerações de Rondônia.