Batista não está sozinho - Por Valdemir Caldas

A acusação que pesa sobre os ombros do ex-secretário municipal de administração de Ji-Paraná, José Batista da Silva, de haver usado combustível da prefeitura em veículos particulares, não constitui nenhuma novidade, no trato dos recursos públicos. Nem mes

Batista não está sozinho - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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A acusação que pesa sobre os ombros do ex-secretário municipal de administração de Ji-Paraná, José Batista da Silva, de haver usado combustível da prefeitura em veículos particulares, não constitui nenhuma novidade, no trato dos recursos públicos. Nem mesmo a irregularidade de que é acusado pelo Ministério Público de Rondônia o homem de confiança do prefeito José Bianco apresenta qualquer originalidade.
Diariamente, a imprensa local (principalmente sites) aparece repleta de denúncias que ameaçam transformar os espaços jornalísticos em páginas policiais. Absurdo conluio entre política e corrupção fornece material suficiente para escrever muitos volumes de autos processuais – e não é de agora que isso acontece, sem que os gatunos sejam devidamente castigados.
A sociedade parece ir-se acostumando a esse padrão de administrar, que, raramente, se sensibiliza com o noticiário. Pior: revela não ter a devida consciência de que a riqueza desviada corresponde ao esforço de cada um dos cidadãos e deveria servir para reduzir-lhe algumas das muitas necessidades que enfrenta em setores essenciais, como saúde, segurança pública e educação, por exemplo.
Há como que excesso de tolerância, que não tem outro efeito senão o de anestesiar a opinião pública e desacreditar todos os que se pensam em condições de contribuir para o aperfeiçoamento dos costumes político-administrativos.
Dizer-se que esse vergonhoso fenômeno não acontece somente no estado de Rondônia, não convence. Em tese, o que nos torna um tanto quanto diferentes de outras regiões do Brasil é exatamente o excesso de tolerância com os que dilapidam o patrimônio público, como se esse fosse um repasto à satisfação de interesses pessoais e de grupelhos.
Por isso, é dever de todo o cidadão e não apenas do Ministério Público denunciar qualquer ato que não corresponda aos ditames da Lei. Fazendo-o, não está o denunciante mais que exercendo um direito que, por cidadania, cabe-lhe, além de cumprindo um dever que esse próprio sentimento de cidadania impõe.
É prática comum, aqui e alhures, denúncias cabeludas envolvendo o desvio de recursos públicos acabarem adormecidas nas gavetas da burocracia oficial.
Espera-se, pois, que essa não seja mais uma delas, frustrando, assim, mais uma vez, a sociedade, sempre atenta aos fatos que acontecem ao seu redor e exigindo dos órgãos competentes a punição exemplar aos que delinqüem.
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