Faltam poucos nomes para eu completar o Governo. Muitos secretários não são políticos e nem filiados a nenhum partido. E nem foram indicados por ninguém. Maioria é indicada pelo seu partido político, que foi aliado no primeiro ou no segundo turno. Outros tantos são do meu partido - o PMDB.
Está aí composta a minha quase completa colcha de retalhos. Colorida e bonita. Mês que vem começaremos a agir. A governar do Estado de Rondônia. E isto não é brincadeira não. Governar precisa agir, ter velocidade, conhecimento e gostar de gente.
Muito gente pode estar pensando, fui indicado, sou isto e sou aquilo, vim pra ficar, ninguém me tira, tenho padrinho forte, faço o que quero, tenho a chave do meu cofre, porteira fechada e faço o que quero. Tire isto da cabeça, quem por engano esteja pensando desta forma. Comigo não, meu bem. Comigo você tem que levantar cedo, correr o trecho, conversar muito, estudar, buscar dinheiro fora, dar seu jeito, montar equipe, buscar parceria, ser transparente e dar resultado para o Estado.
Caso contrário, não tenho nenhum compromisso com gente ruim, improdutivo, preguiçoso, retrógrado, vingativo, birrento, ciumento, dono do mundo. Sou adepto do modelo time de futebol. Tá jogando bem fica até o fim. Deu moleza, não fez gol, vai pro banco e entra o regra três. Sou o técnico do time, sou homem sem alma, sem amigos no time, sem apadrinhados. O que me move é a produtividade.
Então, povo de Rondônia, partidos, prefeitos, vereadores, deputados, enfim, me apoiem porque é assim que deve ser.
Postado por Blog do Confúcio Aires Moura às 13:10 0 comentários
Achei:
BAHIA - TERMINEI MEU TURNO DE TRABALHO Ao meio dia de hoje concluí o meu circuito de trabalho na Bahia. Estou em Salvador, no hotel. Daqui do alto, 21 andar dá para ver de cara o mar. Boa parte da praias de Pituba. E entender que foi por aqui que o Brasil começou a sua segunda fase de reconhecimento. Primeiro foi a fase silenciosa dos índios. Os verdadeiros descobridores do Brasil. O Brasil indígena. Mais tarde o Brasil negro da Bahia.
Eu volto pra Rondônia satisfeito. Vou levando na mala um monte de reflexões e tomei conhecimento de que poderemos fazer muito pelo Estado. Assumirei o governo na hora certa.
No tempo exato, onde Rondônia exala pelos seus poros uma necessidade imensa de um modelo novo. Que está aí escancarado para nós mesmos promovê-lo.
Já foi feito muito. Não se pode negar o esforço do povo, do empresariado, dos prefeitos e dos governadores. Mas, agora é diferente. É o salto de qualidade. Pegar a base feita, que foi boa, subir nela e arremessar idéias e propostas para o futuro. Não estou sonhando. Nem o espírito de Rui Barbosa e nem de Castro Alves entraram em mim. Não. De jeito nenhum.
Tudo que estou concebendo é o mundo admirável que poderemos juntos construir. Porque o desenvolvimento não deve e nem pode ser copiado. Não adianta ir à Nova Iorque puxar modelo de lá pra cá. O nosso desenvolvimento tem que ser obrigatoriamente local. A força local. A energia local criativa. Em cada lugar, mesmo no deserto, como Dubai, como Israel, em cima da areia se construiu as suas riquezas. Nós vamos construir, por nós mesmos, os nossos modelos, vamos mostrar para o Brasil e o mundo que temos muito a oferecer. Temos muito que vender. Temos muito que exportar. Que recursos naturais podem ser apossados convenientemente como riqueza humana. Miséria não se combina com preservação.
O ambiente é propício. Eu faço questão de conversar com o Prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho toda semana ao menos por uma hora. Temos que nos juntar para crescer. Temos que conversar para nos entender. Temos que bater papo para as parcerias e transformar Porto Velho numa bela cidade. Da mesma forma com os Prefeitos de Rondônia, ficar confinados conversando. Sobre saúde, educação, meio ambiente e mais coisas.
Eu quero as ONGs perto de mim. Quero mais OSCIPS organizadas em todos os setores. Quero um terceiro setor forte. Quero as igrejas me ajudando no encaminhamento dos jovens e no combate a violência. Quero índios no meu governo. Já convidei uma índia de Extrema para ficar perto de mim. Quero suruís, cintalargas, Urus e outros mais. Quero preso gerenciando presídio no modelo APAC. Quero pobre, preto e puta me ajudando a controlar a fúria da polícia. Quero os homossexuais que apanham e são presos injustamente me denunciando as arbitrariedades.
Quero também as associações de moradores bem organizadas. Com seus documentos ajustados. Que debatam nos seus bairros e pratiquem a teoria da organização. As cooperativas da mesma forma, e estarei a disposição para ajudar na capacitação de seus membros. Quero cooperativa que coopere com o desenvolvimento. Associação que indique caminho para o Governo. Quero prefeito fazendo a sua parte.
Eu quero que cada rondoniense assuma comigo as oito metas de desenvolvimento do milênio:
Erradicar a pobreza extrema e a fome
Ensino primário universal e com qualidade
Promover a igualdade de gênero e dar mais poder às mulheres
Reduzir a mortalidade infantil
Melhorar a saúde materna
Combater a HIV, malária e outras doenças
Assegurar a sustentabilidade ambiental
Promover o desenvolvimento humano, econômico e social.
EU VI NA BAHIA Eu vi na Bahia, no dia de ontem, uma coisa extraordinária. Mais ou menos parecida com o que vi em Foz do Iguaçu por iniciativa da Hidrelétrica de Itaipu. No Paraná o nome é Construindo Águas. Aqui na Bahia é Desenvolvimento Sustentável com parcerias.
O mundo inteligente está aqui. Até a ONU tem uma base no topo de um morro da Mata Atlântica. Longe nevoeiro e morros. Sobrevoando a mata e a calvície nela produzida pelos assentamentos rurais, que sobem o morro em plantio de banana e mandioca. Floresta abaixo e bananal improdutivo no lugar. Região de infinitos riachos, ribeirões e rios. Vales imensos.
A Odebrecht lidera uma parte com outros parceiros importantes, inclusive, a Fundação Roberto Marinho. Todo mundo querendo recuperar a mata. No lugar do desmatamento outro tipo de desenvolvimento, mais rico e inteligente, a teoria da organização, o cooperativismo, a educação de qualidade, a industrialização e comercialização para o mundo inteiro de produtos certificados. Vi palmito certificado. Vi peixe certificado. Vi mulheres cuidando da filetização da tilápia. Vi cacau consorciado com outras espécies. Vi tudo bem inteligente.
Vi que o desenvolvimento deve ser plantado no conceito das microbacias. A salvação das águas. A salvação das pessoas. A educação de qualidade no meio de tudo. A onda de conscientização da juventude. Associado ao clima, a floresta em pé vem a dignidade humana, a cidadania, a educação, a saúde, o trabalho digno e humano e o meio ambiente saudável. A ONU lá de cima vigia tudo. Empresas com visão social estão ali contribuindo para a construção de um milênio admirável e mais rico.
A ignorância depreda, humilha e empobrece.
ESCOLA CASA JOVEM Nesta viagem à Bahia dei com a cara numa escola rural, municipio de Igrapiuna, chamada ESCOLA CASA JOVEM. Até aí tudo bem, uma escola, como tantas outras mil escolas que tem neste país. Só tem uma coisa, ela é diferente.
Recentemente, ganhou prêmio nacional do MEC pela excelência da gestão. É uma escola rural, em regime integral, no sopé de um vale, atende a vários municípios, fico na área de uma fazenda, meio da Mata Atlântica. A diferença é a gestão. O currículo é feito ali mesmo. Tem um "circulo de leitura", que faz parte da grade. Vi os meninos recitarem poesias - Ferreira Gullar, Fernando Pessoa, Carlos Drummond, Cecília Meireles, Castro Alves e outros. Na maior arte. Tudo limpo, biblioteca com 2000 livros, quadras esportivas, pais e mães no conselho escolar, tudo bem participativo mesmo.
E o mais importante, as duas coisas, ensino médio convencional no extraturno curso profissional - em vários setores, inclusive, panificação. Ela é do estilo Escola da Família e em Rondônia é chamada Escola Família Agrícola (EFA).
O Diretor Francisco Cruz do Nascimento será convidado por mim para falar em Rondônia sobre o modelo. Justamente este dito cujo, que eu desejo implantar no ensino rural do Estado de Rondônia. Vi com meus olhos o que desejo. Vi com meus olhos que é possível. Vi com meus olhos que tudo pode ser diferente. Vi no interior do Bahia.
Autor: Confúcio Moura (PMDB), governador eleito de Rondônia