O prefeito que diz uma coisa e faz outra - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Prefeito Roberto Sobrinho

 

Não faço parte da legião de portovelhenses que sufragaram seu nome nem na primeira nem na segunda eleição para a prefeitura da capital.

 

Ao contrário de muitos bajuladores, hoje, encastelados em setores de seu governo, também não vibrei com a sua reeleição, simplesmente, porque, para mim, representou um retrocesso.

 

Durante a campanha para a reeleição, o senhor tentou encarnar a imagem do político verdadeiramente comprometido com as causas sociais. Repudiou o clientelismo, o fisiologismo, o nepotismo, a corrupção, o sinecurismo e tantas outras mazelas que infestam a administração pública, aqui e alhures.

 

Igualmente, abjurou o consórcio que, há décadas, controla o sistema de transporte coletivo, na cidade de Porto Velho, prometeu abrir concorrência pública para setor, acabar com o ônibus tele sena e pagar salários dignos aos servidores públicos, respeitá-los e tratá-los com dignidade. Os fatos, porém, falam por si sós.

 

Sinceramente, para alguém que se diz adepto da ética e dos bons costumes é, no mínimo, inaceitável, que o senhor ainda mantenha entre seus conselheiros uma pessoa da estirpe do secretário municipal de serviços básicos, Jair Ramires, cuja conduta é abominada por membros da cúpula do partido dos trabalhadores, muitos dos quais, inclusive, já lhe pediram para exonerá-lo, mas o senhor, por razões que só Deus as conhece, insiste em mantê-lo à frente da SEMUSB.

 

Atualmente, muitos daqueles que apostaram na modernização e eficiência da máquina oficial, nas reformas estruturais e numa administração voltada para o social e para a defesa dos interesses das classes mais desvalidas da população, dentre outros valores que contribuem para o aperfeiçoamento da democracia, enfim, num governo mais eficaz e enxuto, que privilegiasse o trabalho, como fonte de riqueza, e a justiça, como imperativo moral e ético da nossa sociedade, decepcionaram-se.

 

Sou daqueles que acredita que não é possível melhorar a qualidades dos serviços públicos, apenas inchando a máquina com parentes, cabos eleitorais e apaniguados políticos. Pelo contrário, é preciso competência, seriedade, honestidade, austeridade, capacitação e valorização dos que conduzem à nau, dentre outros atributos indeléveis.

 

Somente políticos e dirigentes messiânicos acreditam que os problemas relacionados à saúde, à educação, ao transporte coletivo, por exemplo, podem ser resolvidos por decreto, ou, então, que a credibilidade de uma administração se conquista com menos ação, mais propaganda, poses quixotescas e arroubos demagógicos.

 

Recentemente, ao ser indagado sobre uma entrevista do deputado Mauro Nazif, na qual criticou a inércia de seu governo, o senhor o ironizou, dizendo não conhecê-lo. Vê-se, pois, prefeito, que a prepotência e a bazófia continuam sendo, dentre outras, suas características primordiais.

 

Antes mesmo de um senhor engatinhar na luta sindical, prefeito, Mauro Nazif já ocupava lugar de relevo, no cenário político municipal, como um dos vereadores mais bem votado da capital, por suas vezes, elegendo-se, em seguida, para a Assembléia Legislativa e, depois, para a Câmara Federal, onde tem angariado o respeito e a admiração de seus pares, sobretudo pela conduta retilínea e a defesa intransigente dos interesses sociais.

 

É triste confessar, mas, aos poucos, o senhor vai perdendo um dos traços inerentes a todo homem público, qual seja, a sensibilidade frente às angustias e às necessidades coletivas. O tipo do político que diz uma coisa e, depois, faz outra

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