POLÍTICA & MURUPI - Por Léo Ladeia

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Frase do Dia
"A única forma de combater os madeireiros ilegais é aumentar a oferta de madeira legal. Essa concessão vai mostrar que é possível sobreviver com dignidade sem destruir a floresta”. Ministro Carlos Minc do Meio Ambiente sobre a licitaçao da Floresta Nacional do Jamari
Pauta Políitica de 01a 10
01-Juntando os cacos:
Fim de semana de perdas. Foi-se Dorival Caymi, referência de brasilidade, baianidade, boa música e de poesia simples. Perdemos a esperança no bom desempenho do Brasil nas Olimpíadas. Além de perdas materiais em acidentes e de um incêndio que destruiu um supermercado aqui em Porto Velho, lamento as vidas perdidas, e em especial a do amigo Carlos Guidin, o Chaca, da Rovema. Quando as perdas nos impactam mais que o comum, repensar é preciso e aí, a certeza da finitude, agrega uma verdade. A vida é como uma corrida de revezamento. Em determinado ponto, teremos que passar o bastão e parar, mas antes é preciso que cada um de nós dê o melhor de si.
02-Como plantar abobrinha:
Aos poucos vão saindo os programas de governo dos candidatos. Genéricos na sua maioria, já que ou não sabem como irão cumprir as promessas ou escondem o jogo para não dar dicas de solução de problemas aos adversários. Programas? Não é bem isso. Está mais para um folhetim preparado por quem escreve sob encomenda, sem qualquer compromisso com a verdade, mas com algum nexo. Todos sabem, e principalmente o candidato, que é placebo. Mas para o desavisado eleitor, que nem irá ler aquela garatuja, a “coisa” passa a idéia de organização e planejamento. No final de semana li fragmentos de uma dessas raridades com, a promessa de fazer, como se inédita, uma obra já em andamento. Deslavada cara de pau ou pura abobrinha? Ridículo e desonesto.
03-Hoje é o dia:
Terça feira, 19 de agosto. Está no ar, mais um campeão de audiência no rádio e na TV. O horário eleitoral gratuito. Gratuito, “pero no mucho”. A Receita Federal estima que a União irá dispensar com a renúncia fiscal originada do horário destinado aos candidatos no rádio e TV R$ 191 milhões. Com essa grana o custo das campanhas sobe de R$ 1.369 bilhão (dinheiro privado) para R$ 1.560 bilhão (dinheiro privado, mais dinheiro público). Renúncia fiscal é o imposto que o governo entrega para alguém. Traduçao: o horário é gratuito, apenas para partidos e candidatos. Alguém vai pagar a conta. Ganha uma tapioca quem souber o nome do burro de carga. Uma pista: é o de sempre.
04-Nepotismo:
O STF pode dar o tiro final e acabar com uma polêmica que nem deveria existir, mandando para os quintos dos infernos, nesta quarta-feira, uma chaga do serviço público, o tal nepotismo. Para alguns ministros, o Congresso não precisaria criar uma emenda constitucional ou uma lei específica sobre o assunto, porque a proibição já estaria prevista na Constituição. Enquanto escrevo, leio um release do Decom sobre o Joer e, paradoxalmente, saltam os sobrenomes do governador e seu vice dentre as responsáveis pelo evento. Claro que devem existir explicações convincentes sobre fato e que ambas não fazem parte dessa coisa de emprego sem concurso, mas enfim, o assunto é objeto de análise pela mais alta corte e claro, soa estranho. Não soa?
05-O que será que rolou?
Ao que parece, o ministro Edison Lobão de Minas e Energia, conseguiu fazer com que os caciques da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e do grupo Suez no Brasil, Maurício Bähr fumassem o cachimbo da paz. Não se sabe e ninguém irá saber como foi a pajelança, já que é um ritual de poucos pajés e feito entre quatro paredes. A Odebrecht ameaçava brigar na Justiça contra a proposta vencedora do leilão de Jirau e impedir a construção da usina em local diverso do que se esperava. O rolo poderia inviabilizar os planos do governo e gerar o risco de um apagão. Lobão foi encarregado de acender a vela já que D.Dilma estava com o pavio bem curto para tocar o assunto. Num acordo, os dois lados cedem. De um lado estavam as empresas e do outro o governo. O que será que rolou? 
06-Sobre algemas e afins:
Oportuna, produtiva e altamente técnica essa salutar e democrática discussão sobre algemas. Usar ou não usar, eis a questão central. Outras questões – quem, como, quando, onde – estão fora do foco por questões lógicas. Quem? O policial como agente ativo e qualquer pessoa que não seja um figurão como passivo. Como? Com respeito, discrição e “na moita”. Quando? Aí é difícil. O agente analisará os riscos, inclusive o da sua análise não ser entendida pela justiça, mesmo que tenha que ser feita em segundos. Onde? Em locais reservados, sem TV, testemunhas, e/ou outros abelhudos. Dia desses, uma autoridade do Rio prometeu aposentar o fuzil, sem ouvir policiais ou os bandidos. Acho que está na hora de criarmos o ponto de ironia. Talvez facilite o entendimento ou a crítica.
07-Velhas novidades:
Pode ser pra valer, mas está mais para balão de ensaio. O governo vai enviar ao Congresso uma proposta de reforma política para endurecer as regras e tentar barrar o lançamento de candidatos com ficha suja. A idéia bate de frente com recente decisão do STF e busca o caminho para que candidatos condenados tornem-se inelegíveis, mesmo que a sentença não tenha sido julgada em última instância. Não é só: pela proposta de cláusula de barreira em discussão no Planalto, partidos que não elegerem 10 deputados federais praticamente deixarão de existir, pois perderão direito ao fundo partidário e ao tempo de TV na propaganda política. Reprise de filme sem sucesso no STF.
08-Ética. Ah, essa tal de ética:
Os resultados nem sempre são os esperados. O tumulto às vezes acontece ou, em português claro, a ética e as boas regras de convivência não acompanham os candidatos. Mas o tema está na pauta e precisa ser olhado, cobrado, e avaliado pela sociedade. Porto Velho não tem o direito de errar e por no comando de uma montanha de dinheiro que chega nesse momento, alguém que não tenha compromisso com a cidade, com o dinheiro público e visão de governo. Ontem a OAB fez sua parte e sabemos, o ato teve muito mais de simbolismo que de efeito prático. Mas os presentes tiveram uma pequena mostra do que vem por aí. Do pescoço pra cima, tudo é canela e vai sobrar botinada. Com tanta grana em jogo, o jogo promete ser bruto. Quem sobreviver verá.  
09-Oportunidade:
Após nove meses de marchas e contra-marchas, aconteceu ontem a licitação da Floresta Nacional do Jamari, primeira área de concessão florestal para manejo sustentável do Brasil. As três áreas licitadas, que somam 96 dos 220 mil hectares da unidade, renderão R$ 3,8 milhões anuais aos cofres públicos e poderão ser exploradas por 40 anos pelas empresas vencedoras da concorrência. A Alex Madeiras ganhou a concessão da unidade de manejo florestal I, de 17 mil hectares, com o preço de R$ 759,7 mil por ano. A unidade de manejo florestal II, de 33 mil hectares, vai ficar sob a concessão da Sakura, que ganhou a licitação com a oferta de R$ 1,6 milhão. A terceira e maior área licitada, de 46 mil hectares, ficou com a empresa florestal Amata, por R$ 1,3 milhão anual. As empresas poderão retirar madeiras nobres, óleos, sementes, resinas, etc. Atividades esportivas e o ecoturismo também fazem parte da concessão. A tentativa é discutível. Vamos ver se vai dar certo.
10-Oxigênio para o gás:                                                                                       
Primeiro: a Odebrecht está negociando a compra da GDK que trabalha na construção de gasodutos e plataformas de petróleo. Segundo: a Odebrecht não vai entrar na justiça para melar a licitação da usina de Jirau. Terceiro: o ministro de Minas e Energia Edison Lobão comandou o acordo entre a Odebrecht e a Suez para evitar a pendenga na justiça. Quarto: O senador Valdir Raupp, do PMDB, mesmo partido do ministro Lobão, garantiu que uma MP será editada este ano para a construção do gasoduto Urucu-Porto Velho. Claro que isso tudo pode ser apenas viagem da minha cabeça, mas é que tenho mania de ir juntando o que se escreve pra fazer sopa de letrinha. Gasoduto Já!
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