Fundadora do PSDB e atual PSB, ex-vice-governadora é peça-chave para fechar aliança - Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

Fundadora do PSDB e atual PSB, ex-vice-governadora é peça-chave para fechar aliança - Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

Fundadora do PSDB e atual PSB, ex-vice-governadora é peça-chave para fechar aliança - Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

Foto: Divulgação

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1 – PESADELO PETISTA Como indicavam as evidências – “quem tiver juízo não hesitará em apostar que o ‘Dr. Mauro’ estará na raia quando julho chegar”, saiu publicado aqui no final de maio -, não sem antes ter maltratado bastante os nervos do pessoal do PT, o deputado federal Mauro Nazif (PSB), segundo ficou decidido em uma movimentada reunião do diretório socialista da Capital na noite deste sábado (21), vai mesmo à convenção porto-velhense do seu partido em busca da chancela oficial para disputar, pela terceira vez, o gabinete principal do Palácio Tancredo Neves. A aflição petista de que se fala – e isso é algo acerca de que nem os bagres ameaçados do Madeira ignoram – não é desarrazoada, porquanto antes de Nazif anunciar sua disposição o cenário de campanha eleitoral que se descortinava era um. Agora, especificamente do ponto onde está instalado PT de Porto Velho para observar o horizonte, o panorama é outro completamente diverso - e o que é pior: ainda pode piorar. Isto porque, não obstante já ter anunciado que também vai a convenção do seu partido postular a candidatura da legenda para prefeito do município, o ex-deputado federal Hamilton Casara (PSDB) ainda pode ser encaminhado à convenção do PSB a bordo da proposta que apresenta seu nome para ser o companheiro de chapa de Nazif. E como também saiu publicado aqui no final de abril, “considera-se que uma aliança entre o PSB e o PSDB, entre Mauro Nazif e Hamilton Casara, constitui uma ameaça à reeleição petista maior do que os projetos de candidaturas estimulados pelo governador Ivo Cassol (sem partido) juntos”. Quanto a esse particular, até este copirraite ser postado na caixa de correio do seu editor, as coisas estavam nesse pé – dois pontos. Como que cansado de esperar por uma decisão de Nazif – que por estilo ou por estratégia deixou a decisão para o derradeiro minuto do prazo -, Casara se antecipou e anunciou sua pré-candidatura nesta sexta-feira (20), conforme saiu publicado na edição de sábado (21) do jornal “O Estadão”. 2 – TENDÊNCIAS MAJORITÁRIAS Uma versão dá conta de que, ainda na noite do sábado, depois que Nazif assentiu em colocar seu nome à disposição do partido para entrar na disputa da Capital, desencadeou-se uma intensa rodada de negociações entre dirigentes do PSB e do PSDB no sentido de que se saísse da reunião socialista com uma proposta de chapa completa, ou seja, com Hamilton Casara como postulante à pré-candidatura de vice-prefeito e todos em condições de anunciar a disposição das duas agremiações em consolidar a aliança. Um dos principais interlocutores do PSDB veio a ser o delegado Carlos Eduardo, que defendeu a coligação com o PSB com muita convicção não obstante ter tido seu nome anunciado como pré-candidato a vice de Casara, Sabe-se, no entanto - embora sem que se tenha apurado as reais dimensões dessa tendência - que entre os socialistas não são poucos os que defendem uma chapa puro-sangue. Quer dizer, de acordo com esta variante da história, a defesa do acordo está longe de ser uma unanimidade mesmo dentro do PSB. Tanto que, na reunião de sábado, chegou-se incitar os vereadores Sílvio Gualberto e Alan Queiroz no sentido de que colocassem seus nomes à disposição da legenda para que se deliberasse quem seria o companheiro de chapa de Nazif. Ambos pediram tempo – até porque defendem a coligação com os tucanos e preferem disputar as suas reeleições Para quem transita com alguma desenvoltura entre os diretorianos das duas agremiações a defesa da proposta de coligação é majoritária em ambas. De acordo com essa fonte, quem tem contribuído de maneira decisiva para a formatação desse quadro é a ex-deputada e ex-vice-governadora Odaísa Fernandes, uma das fundadoras do PSDB rondoniense e filiada ao PSB desde o ano passado. Quanto ao próprio Hamilton Casara, conquanto tenha anunciado a pré-candidatura, consta que a decisão não é uma questão fechada. Tanto que para justificá-la enumerou apenas que tem o apoio da direção nacional do seu partido para entrar na disputa - o que diz pouco. 3 – LÓGICA E INSTINTO Mais que isso, por exemplo, diz o edital que o PSDB mandou publicar no final de semana convocando o Diretório Municipal para, entre outras coisas, deliberar sobre “proposta de coligação majoritária e proporcional com outros partidos para as eleições de 05 de outubro de 2008”. Ou seja, pode até ser que algo seja anunciado antes, mas tucanos e socialistas têm até domingo (30) – no limite, até segunda-feira - para chegar a algum lugar. O que, para quem se der ao trabalho de observar a cena com acuidade, por um imperativo lógico e instintivo, não pode ter outro desenlace que não a cogitada aliança. Por lógica entenda-se a circunstância e a oportunidade que justificaram o lançamento da pré-candidatura tucana, ou seja, uma iniciativa que só pareceu fazer sentido se considerado um vácuo até então presente, provocado justamente pela indefinição de Nazif. Quer dizer, numa rinha onde se digladiarão forças marcadamente governamentais – nacional/municipal (Roberto Sobrinho/Lula da Silva) e estadual (Lindomar Garçom/Ivo Cassol) -, além de opções ideológicas (P-SOL) ou apostas personalísticas (Davi Erse), fora desses espectros só há lugar para um catalisador dos votos dos que têm alguma queixa destes governos - não necessariamente dos três ao mesmo tempo. O percurso político-eleitoral de Nazif parece não deixar dúvidas de que, em todo plantel de políticos do pedaço, ninguém há mais adequado para o papel. E o instinto de que se fala é o que mais avassaladoramente se manifesta natureza afora – o de sobrevivência mesmo. Com Nazif nas paradas, desaparece o vácuo e vai ficar difícil até para Hamilton Casara construir um discurso capaz de distinguir o seu palanque. Numa eventual coligação com o PSB, conquanto hoje pequena, é real a chance de terminar num gabinete do Palácio Tancredo Neves. Solitariamente, além da perspectiva de vitória ficar reduzida a uma quimera, torna-se perigosamente elevado o risco de chegar ao fim da jornada segurando a lanterna. É uma aventura e tanto.
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