Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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PSOL de Rondônia pretende detonar as propostas de alianças com o PV, o PSB e o PPS 1 – ALIANÇAS DO PSOL No que depender do PSOL rondoniense, não deverá ir para frente a proposta de ampliação do arco de alianças partidárias objetivando as eleições municipais do ano em curso. O tema é um dos destaques da pauta da reunião plenária deste sábado (16), a partir das 17h, na sede do Diretório Municipal da legenda (Av. Calama nº 3364 – Embratel), em Porto Velho, ocasião em que também será aberto o debate sobre a participação do partido no processo sucessório do Palácio Tancredo Neves. Em princípio, segundo já adianta o presidente regional da agremiação, professor Adilson Siqueira, o PSOL de Rondônia disputará as eleições de outubro com chapas completas em todos os municípios em que o partido estiver organizado, em quaisquer circunstâncias – ou seja, com alianças ou por intermédio de chapas puro-sangue - razão pela qual as próximas plenárias da legenda já estão agendadas para Ariquemes, neste domingo (17), e em Cacoal, no dia 1o do mês que vem. Embora outras questões relacionadas às eleições municipais devam ser objeto das deliberações psolistas destas plenárias – tais como o levantamento de pré-candidaturas, campanhas de filiação, propostas de governo, formação de lideranças e outras -, o tema da inclusão de outros partidos (além dos que integraram a Frente de Esquerda que apoiou a candidatura de Heloisa Helena à Presidência - PSTU e PCB) nos projetos de coligação do PSOL é que deverá dominar as próximas reuniões da agremiação. E não apenas em Rondônia, mas em todo o país. Eis que, segundo ficou deliberado ao final do I Congresso Nacional do PSOL, realizado em junho, no Rio de Janeiro, apenas na segunda quinzena de março é que será realizada a Conferência Eleitoral que disciplinará as alianças destas eleições. Ocorre que teve psolista botando o carro na frente dos bois, ou seja, encaminhando negociações sobre coligações com outros partidos antes da Conferência Eleitoral – que foi prevista para ter alcance nacional. Tal foi o caso do PSOL de Porto Alegre (RS), que é o que mais está dando o que falar. 2 – PARTIDO MORTO Pois bem. Não obstante a deliberação do Congresso Nacional do PSOL ter remetido o debate sobre coligações para março de 2008 (na Conferência Eleitoral concebida justamente para esse fim), no dia 25 de novembro passado a militância do partido foi surpreendida com uma deliberação do Diretório Nacional da agremiação referendando as negociações que estão sendo encaminhadas entre o PSOL de Porto Alegre e o PV gaúcho objetivando uma coligação entre os dois partidos para disputar a sucessão na capital do Rio Grande do Sul em outubro. A idéia é a de formatar uma chapa com a deputada federal Luciana Genro (PSOL) na cabeça e o presidente regional do PV gaúcho, Edson Pereira, como candidato a vice-prefeito. Foi o suficiente para encorajar os psolistas do Amapá a comunicar à direção nacional do PSOL que, lá, as conversações com o PV daquele Estado já estão para lá de adiantadas, avançando mesmo para a consolidação nas disputas da capital (Macapá) e em outros municípios. E como a sabedoria popular ensina, por onde passa o boi, passa a boiada. Dito e feito. Não tardou para psolistas de vários Estados começarem a falar em construir, sem muita discussão, uma tática que permita, segundo eles, tornar o PSOL uma alternativa eleitoral palatável. Para isso, começaram a defender uma ampliação da política de alianças do PSOL para além do bloco de esquerda (PSTU e PCB), sendo que em alguns lugares há propostas de alianças com o PSB, o PPS e o já cogitado PV. Como se falou no começo da coluna, a depender do PSOL de Rondônia propostas dessa natureza não deverão prosperar nem alhures, porquanto por aqui algo assim está inteiramente fora de cogitação. Esta é, pelo menos, a avaliação de duas das principais lideranças do partido no Estado, Adilson Siqueira e Marcos Sussuarana – este o presidente do diretório da legenda em Porto Velho. Ambos lembram que a principal razão que fez do PT um partido morto para o movimento de massas foi os petistas terem colocado as eleições como um fim em si próprio, afastando-se para sempre da luta real dos trabalhadores. 3 – COMPROMISSO CLASSISTA De acordo com dupla, não há outra receita para a construção de um partido que seja realmente alternativa para os trabalhadores que não passe pela defesa clara de um compromisso classista, por um programa que inclua não apenas o combate à corrupção, mas também o empenho em fazer a denúncia da democracia dos ricos, que explique que o atual regime não serve aos interesses dos trabalhadores e que esteja amparado nas lutas e reivindicações dos setores mais conscientes da sociedade, principalmente daqueles cujo trabalho é sempre explorado em favor das elites. Com o discurso, Siqueira e Sussuarana estão fazendo coro com os psolistas de todo país que também não apóiam a intenção de parte dos dirigentes da sigla no sentido de ampliar o arco de alianças do PSOL, aí incluídos inúmeros gaúchos que desaprovam a coligação com o PV porto-alegrense. Para estes, segundo se pode observar nas manifestações que estão fazendo circular, as candidaturas do PSOL e as de seus aliados devem ser de resistência às políticas neoliberais inauguradas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e tão prontamente acolhidas pelo governo do PT, porquanto Lula não tem feito outra coisa senão dar continuidade às práticas administrativas do seu antecessor. Para os dirigentes locais da legenda, portanto, as campanhas eleitorais do PSOL não devem se limitar meramente a caça de votos, utilizando para isso a busca por coligações com critérios meramente eleitorais, na maioria das vezes considerando apenas os minutos a mais a ganhar nos programas de TV, sem levar em conta o elevado custo político destas operações. Enfim, na reunião deste sábado, além de eleger os delegados que vão defender a posição do PSOL de Rondônia na Conferência Eleitoral de março, os militantes do partido também vão definir uma data para a visita de Heloisa Helena ao Estado, porquanto o propósito da direção local é que as pré-candidaturas do partido no Estado sejam anunciadas pela própria presidente nacional da agremiação.
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