O diretor geral do Hospital de Base Ary Pinheiro (HB), Jean Negreiros, deu entrevista nesta quarta-feira (16), quando voltou a denunciar o que ele chama de “sabotagens”, que estariam sendo praticadas por grevistas. A greve na saúde foi iniciada há 19 dias, encabeçada por sindicatos em reivindicação, principalmente, à implantação do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) da categoria.
Segundo Jean Negreiros, “as sabotagens são as principais dificuldades que o Hospital de Base está enfrentando com essa greve. Ele detalha: “Está ocorrendo invasão a sala de imprensa, corte de fios do sistema elétrico dos corredores, interrupção do abastecimento de água da lavanderia, danos ao revelador do aparelho de raio x e também o arco do aparelho cirúrgico, o que impede a realização de 90% dos procedimentos ortopédicos, como exames de fêmur, tíbia, coluna e muitos outros atos que vêm causando grandes transtornos”.
De acordo com dados divulgados pelo Governo do Estado, rotineiramente, cerca de 600 pessoas passam pelo Hospital de Base, em Porto Velho, vindas de todo Estado em busca de atendimento, e que, com o movimento grevista, essa média caiu para 200 atendimentos dia.
Jean Negreiros informou que o HB está funcionando com 40% da sua capacidade. “As dificuldades são muitas e quem sofre mais com tudo isso são os pacientes, principalmente aqueles que estão com cirurgias eletivas marcadas, ou seja, que já estão programadas, os pacientes chegam do interior do estado e não conseguem ser internados”, afirma.
O diretor do HB disse ainda que houve redução também das cirurgias, e que em dias normais são realizadas cerca de 35 por dia. “Hoje muitas são canceladas porque os pacientes não são recebidos devido à greve”, acrescentou.