Na manhã desta sexta-feira (18) por volta das 06h00, policiais federais que trabalhavam na operação denominada “Termópilas” cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do jovem deputado estadual Jean Oliveira. Na oportunidade os agentes federais no mais puro sentido literal “meteram o pé” no portão da residência do parlamentar e iniciaram uma busca de documentos que incriminassem Jean.
A suspeita é a de que Jean Oliveira tenha participado do grupo de deputados beneficiados financeiramente pelo forte esquema de direcionamento de licitações dentro da ALE que resultou na prisão do presidente da casa, o deputado Valter Araújo.
Em entrevista concedida a veículos de comunicação, o secretário de segurança pública do estado, o policial federal Marcelo Bessa, afirmou que existem indícios fortes de que deputados recebiam o pagamento de propinas em espécie de empresas que eram obrigadas a realizar a “contribuição” ao grupo que supostamente era encabeçado por Valter Araújo.
Jean Oliveira venceu o pleito que o levou até a ALE firmado apenas no espólio político do seu pai Carlão de Oliveira, ex-deputado estadual preso em operação da Polícia Federal denominada “Dominó” que investigou desvios de verbas públicas acima dos R$ 70 milhões de reais. Após o escândalo da prisão, Carlão de Oliveira escondeu-se da grande mídia e foi para Alta Floresta, município onde possuiu um grande curral eleitoral, por lá ficou, negociando e pleiteando as estratégias para permanecer no poder, mesmo tendo sido comprovado seus atos que lesaram os cofres públicos do estado.
Após muito analisar, Carlão de Oliveira viu no seu filho a única forma de permanecer no poder, com Jean Oliveira na cadeira de deputado e fazendo parte da mesa diretora todos os seus anseios de poder seriam preenchidos.
Porém, assim como recebeu os votos de herança de seu pai, Jean Oliveira recebeu a visita da Polícia Federal em sua casa, que por sinal já conhecia muito bem o sobrenome Oliveira. Jean terá de prestar esclarecimentos para a realização do inquérito policial federal e corre forte risco de ser indiciado. Em mais um escândalo de proporções homéricas envolvendo a Assembléia Legislativa de Rondônia, mais um fato curioso e vergonhoso mancha a imagem da casa de leis do estado, pai e filho, dois deputados, o mesmo destino, Polícia Federal na porta de casa.