A Justiça Militar julga hoje, no auditório do Fórum Sobral Pinto, o soldado da Polícia Militar Evanilso Alves da Silva. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual nos crimes de peculato e furto. Ele é considerado um dos mentores do desvio de pelo menos R$ 674.757,55 da conta do SAS/PM (Serviço Assistência Social da Polícia Militar), entre os anos de 2000 e 2004.
Evanilson se encontra preso desde o ano passado e, nesse período, ocorreram várias audiências da Justiça Militar, todas em segredo de Justiça A sessão de julgamento será aberta à imprensa e ao público, a partir das 8 horas. A sessão será presidida pela juíza Lana Leitão e contará ainda com a participação de quatro oficiais da Polícia Militar.
Inicialmente o promotor público vai fazer sua sustentação oral pedindo a condenação do policial e depois será a vez do advogado de defesa proferir sua tese. Após isso, deverá acontecer a decisão.
Ontem o promotor público Carlos Paixão informou que vai pedir a condenação do acusado por no mínimo dez anos de prisão e ainda a expulsão dele dos quadros da PM. Explicou que o policial é réu confesso do crime, portanto não tem como sair inocentado da acusação. Informou ainda que os crimes cometidos implicam no aumento das penas previstas.
OFICIAIS – Além de Evanilso, outras pessoas inclusive um irmão dele, uma cunhada e outros dois funcionários civis que trabalharam na época na instituição são acusados de envolvimentos no crime e também estão sendo processados na Vara Cível.
Ainda corre na Justiça Militar outro procedimento que apura o envolvimento de oficiais no esquema que desviou recursos do SAS. O processo já está em poder do Ministério Público Estadual para apreciação e oferecimento ou não da denúncia de crime contra estes oficiais.
De acordo com as informações divulgadas após a descoberta da fraude, ao todo foram desviados da conta do SAS cerca de R$ 1,43 milhão. Durante a investigação foi concedida a quebra de sigilo financeiro dos envolvidos e através dos estratos bancários ficou caracterizado que parte do dinheiro foi transferido da conta do SAS para as contas particulares dos envolvidos.