Desarticulada por policiais civis e federais, a quadrilha que participou do roubo ocorrido no sítio da família do ex-delegado geral, Frederico de Souza Marinho Mendes, em dezembro de 2006, na Vivenda Verde, ainda tinha como vítima mais um casal de policiais federais amigos da família do ex-delegado. Foram presos na tarde de ontem, o pedreiro Marcelo Veras do Canto, 23, conhecido como 'Japonês' e o foragido de justiça Antônio Carlos dos Santos, 30, conhecido como 'Maranhão ou Trator'. Além dos dois, o primeiro do grupo a ser preso foi o industriário Anderson Veras do Canto, 25, 'o Fofão' na última sexta feira.
*A prisão de 'Maranhão e Japonês' ocorreu por volta das 16h, em um barraco localizado na rua Paulo Nery, no Riacho Doce, zona norte. No momento da abordagem, 'Maranhão' reagiu disparando dois tiros contra um agente federal, que não foi atingido.
*Com os acusados, estavam dois aparelhos DVDs, duas botijas de gás, um revólver calibre 38, munições, vídeo game, jóias, tv, geladeira, um martelo, e sete celulares.
*O primeiro preso, Anderson Veras, foi detido por agentes da Polícia Federal por volta das 15h da última sexta feira, na avenida Grande Circular, zona leste. Com ele, estava a edição de um jornal da cidade com a notícia da invasão ao sítio do ex-delegado e um aparelho celular da marca Motorola.
*Segundo informações dos agentes que participaram da busca, a quadrilha é especializada em agir em sítios, chácaras e casas de veraneios. Eles são conhecidos pela polícia pelo requinte e crueldade como agem. Eles informaram que as investigações não acabaram e que há mais gente envolvida no crime.
*Adolescente
*Uma adolescente de 13 anos, que estava em companhia de 'Maranhão', foi vista no último domingo em uma casa de forró da cidade. Quando questionada pela polícia sobre o paradeiro do acusado, a jovem escondeu informações. A mãe da vítima afirma que a filha foi seqüestrada pelo acusado.
*O crime
*Durante a ação dos assaltantes, na casa do ex-delegado geral, as vítimas foram agredidas, amordaçadas e torturadas por mais de duas horas. Os três acusados que agiram dentro da casa, foram reconhecidos pelos vitimados.
*Em depoimento, eles afirmaram não saber inicialmente que o sítio pertencia ao ex-delegado. Para praticar os crimes, o grupo usava roupas similares as fardas do Exército Brasileiro.