Funcionário da Infraero é acusado de assédio sexual dentro do Aeroporto Gov. Jorge Teixeira

Uma vigilante registrou queixa por assédio sexual contra um gerente operacional do Aeroporto Internacional de Porto Velho. Os dois continuam trabalhando no mesmo local, mas o clima é de revolta por parte de funcionários e do Sindicato Nacional dos Aeropor

Funcionário da Infraero é acusado de assédio sexual dentro do Aeroporto Gov. Jorge Teixeira

Foto: Divulgação

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*A legislação brasileira passou a tratar o assédio sexual como crime previsto no artigo 216-A do Código Penal Brasileiro, punido com detenção, de 1 a 2 dois anos. Recentemente esse crime foi exposto na sua forma mais simples, em um claro demando de abuso de poder, em Porto Velho, no Aeroporto Internacional de Porto Velho/Governador Jorge Teixeira de Oliveira, quando uma funcionária que exerce a profissão de vigilante foi assediada sexualmente por um empregado de médio escalão da Infraero, o Gerente Operacional Edmilson Nunes. *O fato foi registrado no Boletim de Ocorrência de Nº 2796/06, do dia 14 de maio, pela própria vítima, Queli Rejane da Silva, 25 anos, que contou ao delegado de plantão que no dia 12, Edmilson a prendeu numa sala localizada dentro do Aeroporto dizendo que “sentia tesão” por ela e iria “fazer sexo com ela”. Dentro da sala, segundo seu relato, o agressor tentou tirar sua roupa, no desespero ela perguntou se ele queria prejudicar o seu trabalho, a qual ele respondeu “que queria um beijo” e que “pelo menos saia comigo”. *Queli relatou ainda que esta não era a primeira vez que Edmilson Nunes agia daquela forma com funcionárias que haviam trabalhado no aeroporto, e que outras cinco moças já foram assediadas por ele. *Ela disse ainda que possui diversas ligações dele registradas no seu celular, que eram passadas diariamente, chegando até mesmo a sofrer chantagem. *O caso acabou parando no Sindicato Nacional dos Aeroportuários (SNA), onde o Dirigente Sindical – SBPV, Antônio Bezerra Falcão, acabou intermediando favoravelmente à moça que estava em vista de ser prejudicada pelo seu ato de registrar ocorrência contra o suposto assediador. *Antônio Falcão redigiu um ofício encaminhado ao superintendente do Aeroporto Internacional de Porto Velho, Raimundo Daniel Pereira Filho, no dia 15 de maio, onde ele o coloca ciente da situação de Queli. Um trecho do ofício diz: *“(...) Senhor Superintendente como já era de conhecimento de Vossa Senhoria de outros casos de abusos físicos (tentativa de relação sexual forçada), relatados anteriormente e que fora abafado fim preservar a dignidade, não sabemos de quem, pois culminou na demissão de algumas vítimas. No entanto no dia 12/05/2006, por volta das 10h00, o seu encarregado de confiança da área operacional do Aeroporto Internacional de Porto Velho, voltou a tentar abusos com uma nova vítima (...). Cabe ressaltar que este Sindicato vem alertando a Vossa Senhoria, bem como o ex-superintendente Regional do Noroeste – SRMN, desses fatos e de outros que necessitam ser averiguados, e que até a presente data não tomaram nenhuma medida para sana-los (...). ” *Em entrevista ao site Rondoniaovivo.com Antônio Falcão disse que a superintendência já enviou o caso para a sede da Infraero em Brasília, e aguarda a resposta oficial. *Segundo Falcão a superintendência também conseguiu evitar que a vigilante Queli, que trabalha para uma firma terceirizada, a Amazonforte, fosse transferida dos seus serviços no Aeroporto Internacional. Conforme explicação do Dirigente Sindical, o suposto assediador, Edmilson Nunes, pelo cargo que ocupa na gerência operacional do Aeroporto, era ele quem selecionava os vigilantes para trabalhar no local. *Falcão acredita que pelo fato da vigilante ter registrado a ocorrência o seu afastamento já era conseqüência de retaliação por parte de Edmilson Nunes. *O caso está em vista de aguardo por parte da superintendência local e o gerente operacional, Edmilson Nunes, continua exercendo normalmente suas funções no Aeroporto, assim como Queli Rejane, mas, segundo Antônio Falcão o clima entre os funcionários é de revolta, pois os mesmos esperavam que a apuração do fato fosse mais rigorosa em relação aos atos de Nunes. “Até mesmo pelos antecedentes dele em relação as outras moças. Desde que a Queli registrou queixa, outras vítimas já apareceram para relatar as mesmas ações desse funcionário, o que caracteriza um claro abuso de poder”, afirmou Antônio Falcão. *Como o delito foi registrado na 2ª Delegacia da Policia Civil e por se tratar de crime contra a mulher, nesta sexta-feira (26) haverá uma audiência na Delegacia da Especializada de Defesa da Mulher e Família (DEDMF), onde tanto Edmilson Nunes quanto Queli Rejane serão ouvidos para que se instaure o inquérito e apure o ocorrido.
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