CEREJEIRAS: Mais um morador de Rondônia envolvidos nos atos golpistas é solto em Brasília

Yuri Luan dos Reis passou quase quatro meses no Presídio da Papuda

CEREJEIRAS: Mais um morador de Rondônia envolvidos nos atos golpistas é solto em Brasília

Foto: Folha do Sul

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O FOLHA DO SUL ON LINE acaba de confirmar que será solto o último morador do Cone Sul de Rondônia que está preso em Brasília, acusado de participar dos distúrbios na capital do Brasil no dia 08 de janeiro, quando os prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e do STF foram depredados por manifestantes.
 
O jovem Yuri Luan dos Reis, que completou 26 anos no dia 06 de abril, deve retornar para Cerejeiras, onde mora sua família, ainda nesta semana. Ele aguarda apenas a colocação da tornozeleira eletrônica para fazer o trajeto de volta, após quase quatro meses no Presídio da Papuda.
 
Amigos da família relatam que a mãe de Yuri chegou a enfrentar crises depressivas por causa da prisão dele. Ela é servidora pública e teria recebido hoje, do advogado contratado em Brasília, a informação de que a libertação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
 
O jovem cerejeirense deve passar o Dia das Mães com os familiares, mas terá que cumprir algumas medidas impostas para ter o direito de responder em liberdade ao processo que tramita no STF.
 
O QUE DIZ O ADVOGADO
 
O FOLHA DO SUL ON LINE conversou com o advogado Luiz Cláudio Avelar, de Brasília, que atua no caso de Yuri, e ele argumentou que a soltura dele já deveria ter acontecido, pois considera que “quatro meses preso sem ser julgado não faz sentido”.
 
O profissional do Direito diz que Yuri não participou do quebra-quebra e foi preso em frente o Quartel do Exército. “Quem comete um crime costuma fugir. Meu cliente foi para o QG e não se escondeu, enquanto muitos dos que praticaram vandalismo não foram presos”, diz Avelar.
 
O advogado também aponta que o Ministério Público fez acusações genéricas e não conseguiu emplacar a tese de “terrorismo” contra os manifestantes, denunciando-os depois por “incitação aos militares para dar um golpe de Estado”.
 
“Se alguém incitou alguma coisa foram os próprios militares, que permitiram que as pessoas ficassem em frente os quarteis. E os que estavam ali se manifestavam pacificamente, como é o caso do Yuri”, dispara o entrevistado.
 
Avelar diz esperar que a partir de agora, no curso do processo as acusações sejam específicas, saindo da denúncia genérica e sem provas sobre a conduta de cada réu.
 
"Temos convicção sobre a inocência de Yuri, que não praticou e nem teve intenção de praticar qualquer crime, simplesmente exercendo seu direito de ir e vir em áreas públicas”, finaliza.
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