LEVANTAMENTO: Amapá é o terceiro estado com mais partos prematuros do país

Situação chama atenção para problemas de logística e deficiências na atenção básica e a saúde preventiva

LEVANTAMENTO: Amapá é o terceiro estado com mais partos prematuros do país

Foto: Divulgação

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A Região Norte registrou a maior taxa de partos prematuros do Brasil em 2023, com 12,61% dos nascimentos ocorrendo antes das 37 semanas de gestação. Isso representa aproximadamente 35 mil bebês que nasceram prematuros, segundo dados divulgados pela Agência Brasil neste sábado, 4 de janeiro.
 
Entre os estados, Roraima lidera com o pior índice da região e do país, apresentando mais de 18% de partos prematuros, seguido pelo Acre e Amapá, com taxas próximas a 14%. O Pará, por sua vez, aparece na oitava posição nacional, com 12,45% de nascimentos prematuros, superando a média brasileira.
 
 
Fatores Geográficos
 
Aurimery Chermont, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA), destaca que os números refletem um problema antigo e multifatorial, ligado a fatores como a precariedade da rede de saúde básica, falta de acesso ao pré-natal, e questões socioeconômicas que impactam diretamente as gestantes da região.
 
“A educação para a prevenção é o maior desafio. Muitas gestantes, especialmente jovens, não fazem pré-natal por falta de conhecimento, pela dificuldade de chegar aos postos de saúde em áreas remotas ou pela ausência de recursos, como exames e medicamentos, quando conseguem atendimento”, explica a especialista.
 
A precariedade da infraestrutura também é um agravante. A Região Norte apresenta a menor proporção de domicílios com esgotamento sanitário e abastecimento de água no Brasil. Além disso, cerca de 30% da população da região enfrentou insegurança alimentar em 2023, o que pode influenciar negativamente na saúde das gestantes e no desenvolvimento fetal.
 
 
Gravidez na Adolescência
 
Outro dado preocupante é a alta taxa de gestantes adolescentes na região. Em 2023, mais de 55 mil partos ocorreram em jovens com até 19 anos, representando 19% dos nascimentos no Norte. Este índice é significativamente maior que a média nacional, de 12%.
 
 
Impacto Social
 
Os dados destacam a necessidade urgente de políticas públicas que promovam a educação sexual, a ampliação do acesso ao pré-natal e melhorias na infraestrutura de saúde e saneamento.
 
“Sem acesso à educação, serviços de saúde adequados e condições básicas de vida, será difícil reduzir esses números alarmantes”, alerta Chermont.
 
A elevada taxa de prematuridade na Região Norte não apenas desafia os sistemas de saúde, mas também afeta o futuro das crianças, que podem enfrentar maiores riscos de complicações de saúde devido ao nascimento precoce.
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