Segundo ele, a FAB foi acionada na última sexta-feira (30), quando a aeronave Cessna Aircraft (PT-ICN) perdeu sinal
Foto: Divulgação
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O capitão aviador Tiago Taffarel, da Força Aérea Brasileira (FAB), que participou das buscas ao piloto Marcelo Balestrin e ao co-piloto John Cleiton Venera, que ficaram desaparecidos por quatro dias em região de mata próximo de Cáceres (218 quilômetros de Cuiabá), explicou que a aeronave funcionou como um abrigo para eles, que estavam bastante feridos.
Segundo ele, a FAB foi acionada na última sexta-feira (30), quando a aeronave Cessna Aircraft (PT-ICN) perdeu sinal. Na madrugada do dia primeiro, as buscas tiveram início, no entanto, as condições climáticas não eram favoráveis ao helicóptero de resgate e foi preciso que as equipes retornassem para Cuiabá.
“Procuramos fazer buscas em algumas áreas que a região permitiu”, detalhou o militar que atua há 20 anos na FAB. “Durante a noite fizemos buscas com radar, mas não conseguimos encontrar nada neste dia”, acrescentou.
Mesmo com o mau tempo, duas aeronaves, sendo uma modelo CS-105 e outra H-60 Black Hawk, e 27 militares se empenharam durante o dia e noite para tentar localizar os rapazes.
Já em condições meteorológicas melhores, na segunda-feira (3), a FAB retomou às buscas, focando no último ponto onde a aeronave emitiu sinal até o destino, a cidade de Santo Antônio de Leverger.
Com quase 50 horas intermitentes de voo, os militares conseguiram localizar a aeronave e os dois ocupantes ainda com vida, no final da tarde de terça-feira (3). O capitão aviador descreveu que, apesar de machucados, eles estavam lúcidos e orientados.
“A aeronave protegeu os pilotos mesmo eles estando feridos. Acabou virando um abrigo para eles”, disse.
Taffarel também destacou o trabalho das equipes que atuaram na missão e demonstrou satisfação em trazer para casa Marcelo e John com vida.
“O pessoal se empenhou bastante. Mantemos firmes para encontrá-los. Vimos que as pessoas eram bastante queridas. Alegria de trazer esse pessoal para casa neste final de ano. O acidente aeronáutico é muito complicado. Nosso corpo humano não suporta esse impacto. Mas eles tiveram muita sorte. Essa alegria de trazer pessoas com vida depois de quatro dias não tem descrição”, finalizou.
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