PASSANDO A LIMPO: Atualização de memórias abrem caminhos para novas terapias para reescrever o passado

A reconsolidação da memória, tem ganhado destaque na neurociência moderna

PASSANDO A LIMPO: Atualização de memórias abrem caminhos para novas terapias para reescrever o passado

Foto: Reprodução Instagram

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
  • Reação
0 pessoas reagiram a isso.
Nos últimos anos, um conjunto crescente de pesquisas tem transformado a forma como entendemos lembranças, traumas e o próprio funcionamento do cérebro humano. Estudos em universidades como Harvard, Cambridge, McGill, UCLA e outras instituições de ponta reforçam uma conclusão surpreendente: memórias não são arquivos fixos e imutáveis. Pelo contrário, elas podem ser reabertas, modificadas e atualizadas biologicamente.
 
O processo, conhecido como reconsolidação da memória, tem ganhado destaque na neurociência moderna. Ele permite que o cérebro acesse lembranças armazenadas, coloque-as novamente em estado maleável e, a partir de novas experiências ou estímulos terapêuticos, recodifique essas memórias, alterando a forma como o corpo e a mente reagem a elas.
 
 
Trauma não é destino
 
A ideia desafia décadas de crenças sobre trauma emocional. Tradicionalmente tratado como uma cicatriz permanente, o trauma vem sendo reinterpretado pela ciência como um registro neural — e, assim como qualquer registro, pode ser atualizado. Isso abre novas possibilidades terapêuticas para milhões de pessoas.
 
Pesquisas recentes mostram que:
 
  •  Memórias não são arquivos estáticos:sempre que são lembradas, entram em um estado temporário de instabilidade.
 
  •  Emoções podem ser “desarmadas”:tratamentos específicos podem reduzir reações fisiológicas associadas a lembranças dolorosas.
 
  •  Novas informações substituem respostas antigas:o cérebro pode aprender a reagir de maneira diferente a estímulos antes considerados ameaçadores.
 
  •  O corpo deixa de reviver o passado:pacientes relatam diminuição de sintomas como ansiedade, medo e hipervigilância quando memórias traumáticas são atualizadas.
 
 
A fronteira da terapia do futuro
 
A chamada Atualização de Memóriastem se consolidado como uma das apostas mais promissoras na psicologia e na psiquiatria contemporânea. Ao contrário de técnicas voltadas para controle ou manejo de sintomas, essa abordagem atua na raiz do problema: o próprio circuito neural que sustenta a memória traumática.
 
A ideia central é que, ao acessar a lembrança no momento certo — quando ela está “aberta” — e inserir novas informações emocionais ou cognitivas, o cérebro reescreve parte da forma como essa memória é armazenada. O evento em si não desaparece, mas o corpo deixa de reagir como se ele estivesse acontecendo novamente.
 
 
Um horizonte de possibilidades
 
O especialista Rafael Barreiros avalia que, à medida que os estudos avançam, essa linha de pesquisa pode redefinir tratamentos para fobias, transtornos de ansiedade, estresse pós-traumático e até vícios. Embora algumas técnicas ainda estejam em fase experimental, o consenso científico cresce: o passado pode ser atualizado — e isso pode mudar o futuro de milhões de pacientes.
 
A neurociência se aproxima, ano após ano, da compreensão mais profunda do cérebro humano. E, com ela, surge uma promessa poderosa: libertar pessoas de memórias que antes pareciam prisões permanentes.
Direito ao esquecimento

Os comentários são responsabilidades de seus autores via perfil do Facebook. Não reflete necessariamente a opinião do Rondoniaovivo.com
A Prefeitura de Porto Velho deve investir mais em arborização?
Como você vai comemorar as festas de fim de ano?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS