Ricos pagavam para atirarem a esmo em pessoas fugindo da guerra; uma verdadeira trapalhada da direita no PL Antifacção; Mauro Nazif está observando o cenário político para 2026; Léo Moraes foi na COP, em Belém, e muito mais
Foto: Divulgação
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Safari Humano
A matança em uma operação policial no Rio de Janeiro. As barbaridades e assassinatos cometidos por Israel na Faixa de Gaza. Barcos sendo afundados com pessoas dentro pelos Estados Unidos no Caribe sob a alegação, sem qualquer prova, de que os ocupantes eram traficantes. Quando tentamos não acreditar, diante desses fatos, que a humanidade não deu certo, surge outro fato para reforçar a nossa descrença. Na última semana, o mundo foi informado de que na Guerra da Bósnia, conflito que ocorreu no coração da Europa entre 1992 e 1995, durante o fim da antiga República Federal da Iugoslávia, grupos de pessoas ricas de diferentes partes do mundo pagavam até 100 mil euros para atuarem como snipers contra a população civil desarmada do país em guerra, quando estes tentavam sair de casa e atravessar as ruas para comprar remédios ou alimentos. Era uma ‘caça’ e essa prática está sendo chamada de ‘safari humano’. Quem fez a denúncia e entregou para o Ministério Público Italiano, em Milão, foi o jornalista Ezio Gavazzeni e o procurador Alessandro Gobbis assumiu a investigação do caso. Antes haviam rumores sobre esses absurdos, mas sem provas concretas, dessa vez, o dossiê montado é robusto e consistente. Apesar de se passarem mais de trinta anos desses crimes, a expectativa é que alguns dos envolvidos ainda estejam vivos e sejam processados por homicídio qualificado pela crueldade e por motivo torpe. Que se cheguem aos senhores criminosos e a Justiça faça o que deve ser feito sem misericórdia.
Desandou
E o Brasil entrou em ebulição na última semana em torno do Projeto de Lei Antifacção, enviado pelo Governo Federal, no final de outubro ao Congresso Nacional. Esse PL foi para a discussão pelos deputados e o relator, escolhido pelo presidente da Câmara Hugo Motta, foi o deputado paulista Guilherme Derrite (PP), que deixou o cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo, do governador Tarcísio de Freitas, para voltar à Câmara e relatar o PL. Mas ele criou uma fonte de confusão, desagradando tanto a direita e a ainda mais a esquerda, com as mudanças que propôs ao texto. O mais interessante é que tudo indica que as modificações e o novo texto já estavam prontos, pois ele reassumiu o mandato num dia a no outro apresentou a primeira versão do que ele, que foi expulso da Rota, julgava certo. Foi aí que a coisa desandou totalmente, pois, para a extrema direita seria o momento ideal de colocar a pauta da segurança pública em evidência visando deixar o Governo Lula numa saia justa, em um tema tão sensível e que a extrema direita sempre usa como arma eleitoral. Quem não lembra da quantidade de policiais militares e de outras forças que foram eleitos para vários cargos prometendo acabar com a bandidagem?
Derreteu
Mas Derrite, se derreteu junto com o PL que ele apresentou. Um dos pontos que mais desgastaram ele a direita extremada, paladinos da moralidade e participantes da Bancada da Bala, foi o que propunha, acreditem, que a Polícia Federal quando fosse fazer investigações em algum Estado só poderia fazer com autorização do governador ou se esse solicitasse. Leitor, você acha que um político influente que estivesse fazendo atos ilícitos mas fosse ligado ao governador seria alcançado pela PF? Nunca! A intenção era enfraquecer a PF que é uma força policial que pode ser considerada uma potente parede contra os criminosos de alto calibre no Brasil. A grita contra Derrite e o PL foi tanta que ele apresentou quatro versões e todas foram criticadas por todos os segmentos. Os senadores já avisaram que se o projeto continuar a dar problema, quando for para ser avaliado por eles, será descartado e irão analisar o PL original enviado pelo Governo Federal. Haja coração!
Trump baixou

Para aumentar ainda mais o desespero da família Bolsonaro, já que o ex-presidente deve ir mesmo pro xilindró, o presidente norte-americano Donald Trump decidiu, através de um decreto, na sexta-feira(14), isentar determinados produtos agrícolas de tarifas recíprocas, que estão em vigor desde abril. Assim, de acordo com nota publicada pela Casa Branca, entre os produtos brasileiros que deixarão de estar sujeitos às tarifas estão: café e chá; frutas tropicais e sucos de frutas; cacau e especiarias; bananas, laranjas e tomates; carne bovina; e fertilizantes adicionais (alguns fertilizantes nunca foram sujeitos às tarifas recíprocas).Trump sentiu que, desde quando lançou o tarifaço, a popularidade dele caiu e a inflação subiu, duas condições péssimas para qualquer governante. Assim, entre apoiar Bolsonaro e melhorar o poder de compra dos norte-americanos, ele soube escolher o que é melhor para a imagem dele. Foi racional!
Números e conversas
2026 está acontecendo em 2025 na política nacional e em Rondônia, as coisas não são diferentes. Vários grupos fazem e se desfazem conforme o momento, as conveniências e, principalmente, os cálculos para compor as chapas. Nesses cruzamentos de números e interesses um fator tem chamado a atenção: muitos grupos não querem candidato quem tem muito voto, para não correrem o risco deste anular os demais. Assim, muita gente boa de urna está preocupada com a possibilidade de ficar sem partido para disputar o pleito de 2026. As campanhas, cada vez mais, se tornam um jogo de paciência e inteligência, logo não é para amadores!
Mauro Nazif

Nos bastidores da esquerda, corre solto a conversa que o médico Mauro Nazif se prepara para voltar ao cenário político rondoniense. Mauro é um político experiente, tendo sido deputado estadual e federal, além de prefeito da capital. Ou seja, tem capital político e se a saúde estiver ok, poderá estar com o nome nas urnas. Vamos ver o que vira!
Interfrazão
A empresa InterFrazão, genuinamente rondoniense, foi reconhecida na categoria Jornada Global do 1º Prêmio de Inclusão e Diversidade Racial no Comércio Exterior – Raízes Comex! Um título que é um reconhecimento do esforço das irmãs Ivana e Ivanilda Frazão pelo compromisso com com a diversidade, a equidade racial e a inclusão no mundo dos negócios internacionais. “Seguimos acreditando que o comércio exterior é mais forte quando é diverso e representativo!”, disseram.
Pulga atrás da orelha

O vice-governador, Sérgio Gonçalves (foto), postou no Instagram dele um vídeo dizendo que estão espalhando fakenews que quando ele assumir em abril de 2026, se o governador Marcos Rocha sair mesmo candidato, vai passar o ‘facão’ da demissão e colocar muita gente no olho da rua. Sérgio jura que isso não vai acontecer. “Eu sou daqueles que gosta de estar com gente que gosta de trabalhar, preguiçoso não consegue ficar do meu lado. O nosso Estado está indo muito bem, porque quem toca esse Estado é que trabalha que são os nossos produtores, empresários, empreendedores, as mulheres que, cada vez mais, crescem no mundo empreendedor, inclusive, do agro. Então, não percam a esperança, pois vejo que temos um horizonte muito positivo pela frente”, disse. Com uma reposta dessa, servidor público estadual tem bons motivos para ficar mesmo com a pulga atrás da orelha.
Léo elétrico
Quem não para é o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, que foi na COP30, que está acontecendo na capital paraense. Belém é sede do evento que debate as mudanças climáticas e o que pode ser feito para combatê-las com representantes de países e entidades de várias partes do mundo. Porto Velho recebeu o selo da Unesco(Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura), que habilita a cidade a ter acesso a recursos internacionais destinados a desenvolvimento da infraestrutura e bem estar da população. E Léo Moraes foi justamente abrir diálogo com instituições internacionais e países que tem interesse em investir na Amazônia.
Ninguém sabe

Que essas conversas do prefeito progridam e que a capital rondoniense atraia a atenção dessas organizações de investimentos. Torcemos para que não fiquem como o ex-prefeito Hildon Chaves que em novembro de 2019 foi para a Coreia do Sul em visita oficial ao distrito de Namyangiu, para a assinatura de uma tal carta de cooperação com a Associação de Pequenas e Médias Empresas local, e até hoje ninguém sabe para que foi essa viagem e qual o resultado dela.
Vereadora Sofia Andrade
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E a vereadora portovelhense Sofia Andrade parece que não pode ver uma vergonha alheia que quer logo passar. Dessa vez, a parlamentar foi para as redes sociais e expôs o preconceito ao nível máximo. Ela, usou como exemplo uma ação do prefeito de Florianopólis, capital de Santa Catarina, que criou um serviço na rodoviária da cidade onde quem chegar sem emprego ou local para ficar é mandado de volta para onde veio. O objetivo é garantir que a cidade não tenha pessoas pobres e sem emprego. Mas isso só está valendo para quem chega de ônibus, no aeroporto não existe. E foi nessa onda que a bolsonarista Sofia Andrade fez um vídeo onde defende que o prefeito de Porto Velho adote a mesma postura, impedindo que pessoas pobres especialmente estrangeiros cheguem até a cidade. Ela diz ainda que vai organizar nos próximos dias uma ação para ir à caça de crianças que pedem dinheiro nas ruas da capital. Hitler também usou esses mesmos argumentos contra os judeus e outros povos para cometer barbaridades. Alguém precisa lembrar a vereadora que o direito de circular pelo país está assegurado na Constituição Federal, no artigo 5º, inciso XV. Sofia Andrade deveria se preocupar em legislar pela cidade e não apresentar soluções sem pé e nem cabeça para problemas sérios. Além disso, Porto Velho é uma cidade construída por pessoas pobres em que a maioria veio para cá em busca de dias melhores e chegaram sem emprego ou moradia. É uma cidade de imigrantes, logo, esse discurso da vereadora é vazio de qualquer sentido. Assim é melhor que a nobre parlamentar vá trabalhar pelo que de fato interessa, pois são os pobres que pagam os salários dos vereadores!
Feira
Porto Velho realiza de 27 a 30 de novembro, no Complexo Madeira-Mamoré, a Agrotec – 1ª Feira Tecnológica de Agroindústria e Agricultura Familiar. O evento conta com o apoio de instituições públicas e privadas, e deve ser um marco no calendário rural de Rondônia, reunindo produtores e parceiros para fortalecer o agronegócio e valorizar a agricultura familiar. Agende aí!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!