Força-tarefa destruiu mais de 270 dragas, apreendeu armas e desmantelou redes criminosas em Rondônia e Amazonas
Foto: Divulgação/Operação PF
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Em 2025, a Polícia Federal (PF) ampliou de forma inédita o combate ao garimpo ilegal no Rio Madeira, com uma série de operações realizadas em Rondônia e Amazonas. As ações contaram com apoio do Ibama, da Funai, da Força Nacional e de outros órgãos ambientais e de segurança, e tiveram como foco desarticular o crime organizado envolvido na extração e comercialização clandestina de ouro na região.
Segundo levantamentos oficiais, o impacto socioambiental das atividades ilegais já ultrapassa R$ 630 milhões, somando destruição ambiental, poluição por mercúrio e evasão de divisas. Estima-se que, apenas neste ano, o prejuízo total provocado pelos garimpos ilegais no Rio Madeira supere R$ 1 bilhão.
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No mesmo mês, a Funai, o Ibama e a Polícia Militar Ambiental destruíram 31 balsas usadas para extração ilegal de ouro nas Terras Indígenas Setemã e Arary, no Amazonas. A operação identificou 25 trabalhadores em condições análogas à escravidão, incluindo menores de idade.
Entre os dias 15 e 19 de setembro, a PF coordenou a maior ofensiva do ano contra o garimpo no Rio Madeira. Em Rondônia, 138 embarcações foram destruídas, com prejuízo estimado em R$ 30 milhões. No total, somando as ações nos dois estados, mais de 270 dragas e balsas foram inutilizadas.
No final de outubro, a PF e o Ibama voltaram ao trecho do Rio Madeira entre os distritos de Aliança, São Carlos e Nazaré, em Rondônia. Foram inutilizadas 49 embarcações e motores, além de apreensões de mercúrio e celulares. A operação revelou o uso de dragas de grande porte, financiadas por grupos organizados.
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As investigações da PF apontam que o garimpo ilegal na Amazônia deixou de ser uma atividade artesanal e passou a ser operado por organizações criminosas com estrutura logística, financiamento e até proteção armada.
Esses grupos são responsáveis pela lavagem e exportação clandestina de ouro, o que resulta em evasão de divisas e perda de arrecadação para o Estado brasileiro.
“O combate ao garimpo ilegal não é apenas uma questão ambiental, mas também econômica e de soberania nacional”, destacou a Polícia Federal em nota.
Além dos danos financeiros, o garimpo clandestino provoca contaminação dos rios por mercúrio, destrói o leito do Rio Madeira e impacta diretamente comunidades ribeirinhas e povos indígenas que dependem das águas para sobreviver.

Apesar dos resultados expressivos, a PF reconhece que o combate ao garimpo ilegal é um desafio contínuo. A reposição rápida de maquinários, o financiamento do crime organizado e a vulnerabilidade social nas áreas atingidas exigem ações integradas e permanentes.
As operações deste ano, entretanto, marcaram um avanço importante na repressão ao crime ambiental e reforçaram o compromisso do Estado com a proteção da Amazônia e o controle da exploração de recursos minerais.
As operações no Rio Madeira devem continuar sob coordenação da Polícia Federal, com apoio de órgãos ambientais e de segurança pública, em defesa da integridade territorial, ambiental e econômica da Amazônia brasileira.

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