Diante do surto de sarampo na Bolívia e da queda na cobertura vacinal no Brasil, a Secretaria Municipal de Saúde de Vilhena está reforçando a aplicação da vacina contra a doença, especialmente em crianças menores de um ano. A ação visa evitar a reintrodução do vírus no país, que já havia sido considerado livre do sarampo.
De acordo com orientações da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (AGEVISA), a cidade intensificou a aplicação da dose zero da vacina para crianças de 9 a 11 meses de idade. Essa dose não substitui as do calendário regular, mas funciona como proteção adicional. O esquema vacinal segue com:
12 meses: 1ª dose (Tríplice Viral – D1)
15 meses: 2ª dose (Tetra Viral ou Tríplice Viral + Varicela – D2)
Segundo o Ministério da Saúde, o sarampo é altamente contagioso e pode causar febre alta, manchas vermelhas na pele, tosse, coriza e conjuntivite. Em casos mais graves, especialmente em crianças menores de cinco anos e não vacinados, pode levar a pneumonia, encefalite e até à morte.
A vacinação está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Quem não tiver o esquema vacinal completo deve regularizar conforme a faixa etária:
- 1 a 29 anos: 2 doses
- 30 a 59 anos: dose única
- Profissionais de saúde: 2 doses, independentemente da idade
O secretário municipal de Saúde, Wagner Wasczuk Borges, reforçou o alerta: “O sarampo não deveria mais ser uma preocupação no Brasil. No entanto, com a redução na adesão à vacinação, voltamos a registrar casos da doença”.
Borges também explicou que não há tratamento específico para o sarampo, e que os medicamentos servem apenas para aliviar os sintomas. O uso de antibióticos é contraindicado, exceto em casos de infecções secundárias. A recomendação é manter hidratação, suporte nutricional e controle da febre. Crianças acometidas podem levar até oito semanas para recuperar o estado nutricional.
O uso de vitamina A também é indicado em casos suspeitos, conforme avaliação médica, para reduzir a mortalidade e evitar complicações.
Por fim, Borges orientou: “Diante de qualquer sintoma, procure a unidade de saúde mais próxima, não se automedique e evite expor outras pessoas. Vacinar-se é proteger a si mesmo, sua família e toda a comunidade. Vacinas salvam vidas”.