SECURA: Rios de Rondônia estão perto de menores níveis da história

Cinco cursos d'água estão com cotas bem abaixo da média para verão amazônico

SECURA: Rios de Rondônia estão perto de menores níveis da história

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A severa seca de 2024, prevista por especialistas desde o início do ano, já está impactando os rios da região Norte. Em Rondônia, os principais rios apresentam níveis abaixo da média histórica para o período de estiagem, conforme informações da Defesa Civil Estadual.
 
No começo de julho, o governo estadual declarou estado de emergência devido à estiagem ‘crítica’ enfrentada. O documento destaca uma redução significativa nos níveis dos rios e baixas previsões de chuva, resultantes dos efeitos do fenômeno El Niño.
 
A Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em 18 das 52 cidades de Rondônia afetadas pela seca. A portaria permite a mobilização de recursos federais para auxiliar os municípios.
 
Segundo a Defesa Civil, sete rios estão com níveis abaixo da cota média e próximos da mínima histórica para esta época do ano, conhecida como o verão amazônico. São eles: Candeias, Guaporé, Jamari, Mamoré, Machado, Madeira e Pirarara.
 
A cota média se refere ao nível normal de água que o rio atinge durante um período específico, enquanto a cota mínima é o nível mais baixo de água que o rio atingiu na temporada.
 
Cota d'água
 
De acordo com o Boletim Diário de Monitoramento de Eventos Hidrometeorológicos Críticos, desenvolvido pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), alguns dos principais rios do estado já apresentam níveis considerados 'críticos', como o Madeira em Porto Velho.
 
Comparado com as cotas dos afluentes registradas no mesmo período de 2023, antes da seca histórica que afetou os principais rios do estado e interrompeu as operações de uma das maiores hidrelétricas do Brasil, a Hidrelétrica de Santo Antônio no Rio Madeira, os níveis dos rios em julho de 2024 são menores.
 
Conforme a Sedam, o Rio Madeira em Porto Velho, por exemplo, estava a 3,32 metros em 16 de julho deste ano, enquanto no mesmo dia de 2023 a cota era de 5,30 metros.
 
Estados vizinhos a Rondônia, como o Amazonas e o Acre, também enfrentam um cenário de seca. Recentemente, o Amazonas declarou emergência em 20 das 62 cidades do estado devido à estiagem. No Acre, a seca ocorre poucos meses após uma cheia recorde.
 
Sem chuvas 
 
Ainda de acordo com o Boletim de Monitoramento, nas estações de cinco cidades rondonienses onde os rios estão em níveis baixos, a precipitação acumulada em julho foi de 0,0 mm, ou seja, não choveu nessas localidades.
 
Em Guajará-Mirim, foram registrados 11 mm de precipitação nos primeiros 12 dias de julho: 58% abaixo da média. Já na capital Porto Velho, o acumulado foi de 8 mm, apenas 27% das chuvas esperadas para o mês.
 
Em todas as regiões, os índices de chuva estão abaixo da média histórica mensal para o período, conforme o boletim da Sedam.
 
Um dos motivos para o Governo de Rondônia ter decretado estado de emergência há duas semanas é a prolongada baixa precipitação, que está afetando os níveis dos rios no estado.
 
De acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a previsão do tempo para os próximos dias é de muito sol, pouca nebulosidade e sem possibilidades de chuvas em todas as regiões do estado.
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