BUSCA: Homem do interior de São Paulo busca mãe biológica em Porto Velho

Ele disse que na época, ela tinha 14 ou 15 anos quando ele nasceu e o entregou para adoção ao casal Marli Aparecida e José Lito Batista

BUSCA: Homem do interior de São Paulo busca mãe biológica em Porto Velho

Foto: Um dos poucos registros que José Eduardo tem do seu passado - seus pais adotivos enquanto estiveram na capital de Rondônia há quase quatro décadas - Foto: Arquivo Pessoal

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José Eduardo Batista, de 37 anos, morador de Sertãozinho, no interior de São Paulo, procurou o Rondoniaovivo pedindo em uma busca de quase quatro décadas. Ele quer saber notícias da mãe biológica dele que o teve em Porto Velho.

 

O homem relatou que soube detalhes de sua história por meio de um tio, irmão de sua mãe adotiva, somente no final do ano passado.

 

“Meus pais adotivos são do interior de São Paulo. Eles viajaram à trabalho para Porto Velho no início de 1984 e ficaram até o final de 1985. Fui registrado no Cartório Godoy, no dia 18/09/1985, como nascido em 16/09/1985. Minha mãe adotiva não apresentou a Declaração de Nascido Vivo da maternidade. Então levou duas testemunhas para me registrar e a história atestada por elas foi que nasci em casa e que era filho dela mesmo”, explicou ele.

 

Ainda de acordo com José, o tio lhe falou que ele nasceu na Maternidade Hospital da Mulher e que sua mãe biológica era nova: tinha em torno de 14 ou 15 anos de idade. Como não pôde ficar com o bebê, o entregou para os pais adotivos.

 

“Um possível primeiro nome dela é Marília. Ele não tem certeza, pois a viu apenas uma vez no dia do parto. Procurei por essa maternidade na intenção de encontrar algum registro ou mesmo a Declaração de Nascido Vivo. Mas, ela fechou em meados dos anos 2000. Consegui contato com o médico que era dono da maternidade: Kurt Itamar Kettenhuber, contudo me disse que os registros foram queimados quando a maternidade fechou”, lamentou ele.

 

Mais passado

 

Desde quando teve acesso a essas informações, José começou uma verdadeira saga para saber da real história dele. Nessa busca, ele conseguiu localizar a pessoa que intermediou o processo de adoção dele, chamado Orivaldo Ferreira, que é amigo do pai adotivo e que também foi a trabalho para Porto Velho, na construção de uma barragem na cidade entre 1984 e 1985. Provavelmente, foi na época da construção da Usina hidrelétrica de Samuel.

 

“A empresa era daqui de Sertãozinho mesmo. Chamava Sermatec e Zanini. Ele soube da minha mãe biológica por meio de uma mulher na qual ele teve um relacionamento enquanto esteve na cidade. Minha mãe biológica trabalhava para essa mulher. Procurei pelo Orivaldo aqui na minha região. Ele faleceu em 2019 e conversei com diversos amigos, parentes, filhos e ex-esposa. Infelizmente nenhum deles souberam me dar informações sobre essa história”, lamentou.

 

José Eduardo Batista diz que não tem, até o momento, mais informações concretas sobre a mãe biológica. Sobre o registro no Cartório Godoy, José solicitou uma certidão de nascimento de inteiro teor. Nela consta o nome das duas testemunhas que assinaram o registro.

 

“Consegui encontrar as duas. Uma delas era amiga da minha mãe adotiva, mas não sabe de detalhes também. A outra é de Porto Velho. Disse que estava apenas de passagem pelo cartório e aceitou ser testemunha para ajudar no meu registro. Então, nenhuma das duas testemunhas sabem de informações mais esclarecedoras”, falou Batista.

 

Apurações

 

As “investigações” do paulista em busca das raízes rondonienses revelaram outros detalhes importantes sobre o passado dele.

 

“Quando nasci, tive complicações médicas e fiquei internado por 2 meses no Hospital de Base. Procurei por informações no local, todavia não consta nada no meu nome. Conversei com diversos amigos dos meus pais adotivos, porém ninguém sabe de informações. Eles tentaram esconder o máximo possível essa história. Os meus pais adotivos faleceram em 2015. Eu estou há muito tempo postando em grupos do Facebook, sem retorno”, pontuou ele.

 

Pais adotivos de José Eduardo Batista (Marli Aparecida Clemente Batista e José Lito Batista) quando estiveram em Porto Velho na década de 1980 - Foto: Arquivo Pessoal

 

A lamentação de José Eduardo Batista ainda vai além: além de ter poucos detalhes sobre sua história, ele não tem registros da mãe que o trouxe à vida.

 

“Não tenho foto da minha mãe biológica e de nenhum parente dela. Realmente a história foi encoberta de forma que só soube de detalhes no final do ano passado, após meus pais adotivos já terem falecido. Tenho uma foto deles em 1985, pouco antes de nascer e quando eles estavam em Porto Velho. Talvez vendo a imagem alguém possa se lembrar”.

 

Os nomes deles são Marli Aparecida Clemente Batista e José Lito Batista. Já a foto atual de José Eduardo mostra uma mancha de nascença no pescoço, próximo ao pomo de Adão.

 

Segundo o homem, a mãe adotiva manteve contato com a mãe biológica antes e após o nascimento, até voltarem para o interior de São Paulo com ele no final de 1985.

 

“O meu tio encontrou o Orivaldo em 2014 e ele disse que a minha mãe adotiva queria saber notícias minhas. Conversando com amigos do Orivaldo, me contaram que entre 2013 e 2014, ele foi até Porto Velho porquê mantinha contato com pessoas daí. Então, nessa época minha mãe ainda estava na cidade”.

 

José Eduardo Batista hoje, com 37 anos, destaca a marca de nascença no pesçoco - Foto: Arquivo Pessoal

 

Caso alguém tenha alguma informação concreta sobre a história de José Eduardo Batista ou sua mãe biológica, pode entrar em contato com ele por meio do telefone (16) 99134-1035 (com WhatsApp) ou pelo e-mail joseduardobatista@gmail.com.

 

Ele ainda não pôde vir até Porto Velho por saber dos detalhes há pouco tempo.

 

“Ainda não consegui ir. Soube dos fatos no final do ano passado, e desde então, comecei a procurar mais a fundo. Entrei em contato com várias pessoas que me confirmaram o que te contei, além de pessoas que trabalharam nos dois hospitais, as testemunhas do meu registro, e com irmãos e irmãs dos meus pais adotivos”.

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