A cesta básica ainda continua subindo com força em Porto Velho. É o resultado de mais um levantamento feito pelo Programa de Educação Tutorial (PET), do curso de Economia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
Segundo a pesquisa, o valor da cesta básica em abril ficou em R$ 578,02. Um aumento de 0,41% na comparação com o mês de março, quando custava R$ 575,67. Lembrando que a UNIR analisa vários gêneros alimentícios que estão fora daquelas cestas prontas vendidas em supermercados e mercados da cidade.
Nos últimos 12 meses houve um aumento nos preços de 24,89%. A cesta custa 27,11% a mais do que em abril de 2021. Somente nos primeiros três meses do ano houve um aumento de 8,84%.
“No geral, a tendência é de aumento no preço dos produtos da cesta básica, principalmente pelo aumento nos custos de produção interna e pela escassez de alguns produtos no mercado mundial. Com isso há uma elevação dos preços praticados em Porto Velho”, detalha o professor da UNIR e coordenador da pesquisa, Jonas Cardoso.
Detalhes
Dos 12 produtos pesquisados, oito apresentaram aumento de preço em abril quando comparado com março: leite (16,42%), pão (9,85%), tomate (6,67%), café (5,99%), arroz (1,26%), feijão (1,13%), manteiga (0,41%) e óleo (0,34%).
Apenas quatro tiveram queda no quarto mês do ano: banana (- 11,79%), carne (- 5,03%), açúcar (- 4,8%) e farinha (- 0,73%).
“Abril seguiu a tendência de aumento. Pão, café e leite, ou seja, o café da manhã está mais caro. O café é o item que mais tem subido de preço neste ano. Além da seca no início de ano, o preço do café também é influenciado pelo aumento no custo de produção. O preço do adubo aumentou neste ano devido, em parte, à guerra na Ucrânia, que diminui a importação do produto da Rússia”, explicou Jonas.
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Os campeões são tomate (118,37%), café (82,09%) e leite (52%) de aumento
Vilões do bolso
Os números se tornam ainda mais assustadores quando vemos os reajustes entre abril do ano passado com abril deste ano.
O campeão disparado é um pequeno legume vermelho, o tomate com 118,37%. Em segundo, o pretinho preferido dos brasileiros: café (mais 82,09%) e em terceiro, o leite com 52% de aumento.
A lista do rombo no bolso segue com óleo (37,87%), açúcar (27,84%), feijão (21,35%), pão (17,94%), banana (15,82%), manteiga (14,59%), farinha (11,69%) e carne (3,85%).
O único que teve queda em um ano de análise foi o arroz (- 18,37%).
“O preço do trigo continua aumentando devido à diminuição da oferta global com a guerra. Provavelmente virão novos aumentos devido à alta recente na taxa de câmbio e a continuidade da guerra”, explicou o professor Jonas Cardoso da UNIR.
A instituição apontou que os 12 produtos da que compõem a cesta básica são pesquisados em diversos estabelecimentos comerciais da cidade de Porto Velho.