PREJUÍZO: Milhões de reais em madeira estão parados há 60 dias em Porto Velho

Carga de madeira beneficiada para exportação já foi fiscalizada, mas precisa de liberação de funcionários do Ibama, que não tem agentes suficientes

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Uma carga gigantesca de madeira beneficiada que seria exportada para fora do país e melhorar a economia de Rondônia está parada há mais de 60 dias no porto de Porto Velho.
 
A informação é de empresários do ramo de logística e transporte que procuraram o Rondoniaovivo para fazer a denúncia. 
 
Segundo eles, a carga já foi fiscalizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), mas precisa de liberação do mesmo órgão, que não tem funcionários suficientes para fazer as duas atividades.
 
“Não temos mais condições de receber cargas. Estamos parados há mais de 60 dias por burocracias impostas pelo Ibama. O mesmo que já fiscalizou as cargas e os documentos, onde está tudo de acordo e apto para exportação, é o mesmo Ibama que não pode assinar a guia de exportação”, disse Dario Lopes, proprietário da empresa BDX, que trabalha com a logística e transporte de produtos para remessa ao exterior. 
 
 
Madeira já foi fiscalizada pelo Ibama, mas ainda não foi liberada para exportação
 
Mudança
 
O representante também explica a mudança no sistema que era praticado anteriormente. 
 
“Por que estão fazendo isso? Simplesmente suspenderam o modelo de exportação que vinha funcionando normalmente e implantaram esse novo sistema, que não funciona. Além de não funcionar, ainda não tem agentes suficientes aqui em Rondônia. Precisamos urgente de uma solução ou de alternativa. Que o Governo Estadual ou Federal nos ajude, que interceda pelo setor madeireiro que está levando grande prejuízo”.
 
De acordo com os proprietários da carga, as perdas com a madeira parada chegam a 300 dólares por dia (a cada lote), já que o porto de Porto Velho já é alfandegado. 
 
Se fizermos um cálculo rápido, o total do prejuízo é de 18 mil dólares ou R$ 93.600 reais, com a cotação do dólar a R$ 5,20 fechada na última sexta-feira (27).
 
 
Prejuízos são de quase 100 mil reais em 60 dias da carga parada
 
 
E os problemas não param por aí, segundo eles. “Ainda há o risco de demissão em massa, já que o setor madeireiro também é responsável por boa parte das exportações do estado, junto com o agronegócio. Então, fica nosso apelo aos políticos e representantes de Rondônia, contando com a boa vontade do pessoal do meio ambiente”, desabafou Dario Lopes.
 
Respostas
 
O Rondoniaovivo deixa o espaço aberto para o Ibama para dar sua versão sobre o fato envolvendo a carga de madeira parada no porto de Porto Velho.
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