O famigerado ano 20 chega ao fim. Ano terrível para a humanidade. Ano da peste, da doença que parou o mundo. Muitas mortes em decorrência disso. Inclusive, a da minha mãe. Em todo o final de ano, de regra, as pessoas ficam mais fraternas, doces, tolerantes, pacientes, amorosas. Procuram fazer seus balanços emocionais. Tipo: porque briguei e continuo com raiva desse ou daquele, na maioria das vezes, de parentes próximos, até mesmo dos pais e de irmãos. Enfim, chega-se ao questionamento clássico: mas para que e o porquê disso? Na maioria das situações são guerras travadas por questões menores, pirraças, coisas bestas, orgulhos bobos, vaidades rasteiras. Um cabo de guerra idiota. A proximidade do Natal, traz consigo a hipócrita sentença pessoal de que "tenho que fazer as pazes com todo mundo!" Zerar a fatura... começar o próximo ano de bem com tudo e com todos. Estar com a mente e o corpo limpo. Para que tudo se melhore? Para que os chacras e pontos energéticos fiquem em harmonia? Para a maioria das pessoas sim ! Para outros; não! Querem entrar limpos para odiar mais e de novo. A questão é que tenho aprendido que o melhor da vida é estar em paz, sobretudo, comigo. Procurar não brigar com "seu" ninguém. Ter mais capacidade de diálogo com o diferente. Tolerar mais e ter mais empatia. Claro, como disse BOBBIO, em sua biografia, no alto dos seus 90 anos: "cheguei numa fase de compreender e gostar de todos, mas, confesso: ainda odeio três ou quatro!" E é por aí mesmo. A religiosidade nos ajuda muito a sermos mais benevolentes, mais generosos, mais espiritualizados e com a cabeça aberta para o amor recíproco. Fui criado num ambiente familiar católico. Minha mãe era muito temente a Deus. Meu pai, no final da vida, também. Eu, com o tempo, comecei a questionar muita coisa. Perdi muito a fé. Chequei a me declarar agnóstico. Mas, sempre, acreditando em milagres. Com o surgimento do Papa Francisco algo de bom se avistou. Mas o mais importante é que todas, TODAS ÀS RELIGIÕES SÃO BOAS! QUEM NÃO PRESTA É O HOMEM. Eu passei por várias. Seja como mero curioso, seja como praticante, até mesmo a evangélica Maranata, que muito me fez bem. Hoje tenho me aproximado da Umbanda. Sim!, dessa maravilhosa religião afro que tem me mostrado visões e sensações maravilhosas. Ela, e seus orixás, têm me trazido e mostrado, coisas muito bacanas: fé, paciência, tolerância, clareza, generosidade, empatia, firmeza de caráter e respeito a todas as outras manifestações religiisas e credos. Me descobri filho de Ogum ( São Jorge ) e Iemanjá (Nossa Senhora). Eles têm me dado paz e seriedade. Tive a fortuna e a honra de reencontrar uma querida amiga advogada e empresária, no campo terreno, que é Mãe de Santo na espiritualidade, Rosana Gastaldo, pessoa solar, de muita luz e generosidade, que tem me ajudado muito a encontrar o equilíbrio, a paz e o gosto pela vida e, também, me direcionar a fazer o bem. Irradiando energia boa para tudo, aquela que vai e volta. Escrevo esse texto, na esperança de que, de alguma forma, eu contribua para que se diminua o preconceito e a intolerância que existem contra a Umbanda e o Candomblé. Religiões tão lindas quanto todas as outras. FÉ EM DEUS E FÉ NA TABA. OXALÁ !! Obrigado, axé! FELIZ NATAL PRA TODOS E TIREM O ÓDIO DO CORAÇÃO. A ENERGIA SUPERIOR AGRADECE !
José Luiz Storer Jr