FISCALIZAÇÃO: Interiorização do Simero: Sindicato visita unidades de saúde de Cacoal

Entre as reinvindicações da classe está a quantidade reduzida de médicos por plantões nos principais hospitais da região.

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Foto: Divulgação

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Médicos que atuam no Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (HEURO) receberam a comitiva de interiorização do Sindicato Médico de Rondônia (SIMERO) e apontaram as condições de trabalho. Entre as reivindicações da classe está a quantidade reduzida de médicos por plantões em um dos principais hospitais da região.

 

 “Materiais básicos também faltam por aqui, como dreno de tórax e escova para higienização dos médicos para cirurgias. O serviço público do município é lastimável. Para se ter uma ideia, temos apenas um ortopedista que não supre a demanda de pacientes. A unidade de terapia intensiva do hospital é bem equipada, porém seis leitos estão ocupados por pacientes crônicos,  o que diminui a capacidade total de rotatividade” Relatou Dr. Alexandre Fiorini.

 

O HEURO conta com quatro equipes de médicos e um anestesista. Sendo que o neurocirurgião é via contrato. Segundo Flávia Lenzi, presidente do SIMERO, outra observação repassada é com relação a estrutura do hospital que não atende as exigências da vigilância sanitária. A exemplo das enfermarias, onde deveriam ser colocados, apenas dois leitos devido ao tamanho dos quartos, porém a maioria possui quatro leitos, o que pode acarretar uma série de complicações, como risco de infecção entre os pacientes.

 

 “A visita do SIMERO nos hospitais de Cacoal é de suma importância, pois os médicos que trabalham no interior precisam saber que não estão sozinhos e que têm o apoio da entidade em todos os polos de trabalho. Além disso, essa interiorização deixa a classe médica mais unida.” Enfatizou o cirurgião geral, Marcos Vinícius Azevedo. Em seguida, a comitiva se dirigiu ao Complexo Hospitalar Regional de Cacoal onde foi recebida pelo diretor Júlio César da Rocha. O hospital possui três salas cirúrgicas, mas apenas duas estão em funcionamento. Há também três Unidades de Terapia Intensiva, sendo uma pediátrica. “Mas para que o atendimento no Hospital fique melhor na pediatria, seria necessário uma UTI neonatal, pois casos que precisam dessa intervenção são encaminhados para Porto Velho, via transporte aéreo, sobrecarregando os gastos do estado que poderiam ser investidos em outros procedimentos e até contratação de pessoal”, observou a Dra. Flávia Lenzi.

 

Após a visita, Dr. Júlio César agradeceu a visita e destacou que “em 30 anos de SIMERO, ninguém se importou de fato com os médicos do interior. Além disso, não tínhamos informações das ações do sindicato. A interiorização será um divisor de águas para a classe médica de Rondônia. Quando se faz presente, fica melhor.”

 

Dentre as visitas às unidades de saúde, a estrutura mais precária é a do Hospital Materno Infantil. Além da falta de manutenção no prédio, faltam materiais e médicos para atendimento às gestantes de Cacoal e cidades próximas. 

 

“Hoje, por exemplo, eu estou sozinha na maternidade. E o anestesista está de sobreaviso. Final de semana fica pior porque a quantidade de pacientes cresce, mas a dos médicos não. Pimenta Bueno não tem obstetra e Espigão tem, mas não todos os dias.” Informou a ginecologista e obstetra Ana Maria Hinojosa.

 

A interiorização do SIMERO começou em maio deste ano. A primeira região a ser visitada pela comitiva foi a de Ji-Paraná. Guajará Mirim, Nova Mamoré, o distrito de Extrema, Pimenta Bueno, Espigão do Oeste e Ministro Andreazza também receberam  os diretores do Sindicato Médico de Rondônia. Outras viagens de aproximação estão pré-programadas para o segundo semestre deste ano para verificar “in loco” as circunstâncias de trabalho oferecidas aos médicos pelo serviço público de saúde.

 

“Cacoal tem uma capacidade produtiva que não está sendo explorada por falta contratação médica. Ainda tem muita coisa que precisa ser melhorada, mas em suma, a viagem foi muito proveitosa. A receptividade dos colegas em saber que o SIMERO está chegando até eles, nos surpreendeu positivamente. Nosso objetivo é continuar com esse vínculo do sindicato com os médicos não só de Cacoal, como de outros municípios rondonienses. Concluiu Dra. Flávia Lenzi.

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