Confira a coluna de Victoria Bacon
Sede da Unir, no centro de Porto Velho (RO) / Foto: Unir
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Sou Eduardo Lemos, acadêmico de graduação da UNIR em Rolim de Moura do curso de agronomia em universidade federal (pública), sendo assim me sinto à vontade para escrever um pouco da realidade que vivo e meu ponto de vista sobre as manifestações, mas deixo claro que respeito todas as opiniões divergentes.
Sem dúvidas que a educação é um dos caminhos mais importantes para o crescimento de uma sociedade, e hoje tenho vários professores realmente empenhados em passar seus conhecimentos, e que de fato se dedicam para nos transformarem profissionalmente e intelectualmente.
Dito isto não posso deixar de mencionar algumas realidades que fazem parte do dia a dia na universidade que estou cursando e que me deixam com alguns questionamentos e certa indignação, tais como;
Ao caminhar pelo campus vejo diariamente muitos cartazes em prol de MARIELE, Viva revolução CUBANA, defesa dos índios, ar condicionado ligado em salas que não tem aula, uma construção milionária parada e alunos tendo que pagar caro para se alimentar, falta de transporte e alunos tendo que caminhar ou pagar moto taxi para chegar ao campus ou nas áreas experimentais, falta de livros para atender a demanda acadêmica, laboratórios com equipamentos bem limitados, etc, etc, etc. Oras se este é cotidiano observado por um acadêmico iniciando graduação, como posso concordar ou me posicionar (a favor ou contra) em uma manifestação “PELA EDUCAÇÃO”? Em nenhum momento houve por parte da direção do campus o interesse de publicar os gastos que a universidade tem. Se tivéssemos cartazes fixados nos corredores do campus com esse tipo de informação, oportunas nesse momento, seria bem mais fácil entender a real necessidade da universidade. Cadê os reitores vindo a público mostrar um balanço do orçamento das universidades para que a população saiba onde são investidos o dinheiro dos impostos? O que vejo é uma articulação de algumas minorias “político ideológica” tentando influenciar principalmente os jovens a marcharem e lutarem por suas ideologias. Pasmem mas perdi um dia de aula e sequer foi perguntada a minha opinião sobre o assunto dentro da universidade.
Campus Unir em Rolim de Moura onde estuda o acadêmico Eduardo Lemos (discente do curso de Agronomia)
Se fosse manifestação pela EDUCAÇÃO, deveria ter uma pauta bem mais ampla e com mais clareza, pois realmente a EDUCAÇÃO precisa ser prioridade e não briga política.
Desejo que TODOS os estudantes saiam as ruas e manifestem por uma melhor infraestrutura nas escolas e universidades, por uma biblioteca com boas literaturas, laboratórios que permitam desenvolver seus conhecimentos, por uma universidade sem ideologia partidária, por mais participação acadêmica nas decisões das escolas e universidades, por menos corruptos na gestão dos recursos para a educação, por mais transparência na gestão dos recursos usados pelas escolas e universidades, assistência estudantil, cotas sociais e não ideológicas, cobrança de mensalidade (em escolas e universidades públicas) para quem pode pagar pela educação, por indicadores de gestão que mostrem eficiência quantitativa e qualitativa na educação, por reconhecimento e melhores salários aos educadores.
Parabéns aos professores e alunos que tem um coração sincero e realmente desejam e lutam para que a educação do Brasil seja tratada com respeito pelas nossas autoridades do governo (Executivo Legislativo e Judiciário), a vocês o meu muito obrigado e contem sempre com meu apoio, já para aqueles que foram para as ruas apenas para causar tumulto, fazer baderna, tomar tereré, para ficar de boa em casa, defender ideologias políticas e sequer sabem quanto a universidade paga de conta de luz e água, infelizmente vocês são um problema muito maior para a educação do que o contingenciamento financeiro proposto pelo governo.
Mesmo com todas as problemáticas acima citadas sou muito agradecido aos meus professores que de forma heróica trazem sobre os ombros o amor a vocação pelo ensino.
Que dias melhores possam ser disfrutados pelos estudantes e educadores e que seus frutos sejam uma sociedade melhor e mais justa.
#PORUMAEDUCAÇÃOSEMHIPOCRISA.
Texto cedido gentilmente à jornalista e editora em política e atualidades Vick Bacon em 16 de maio de 2019 via Redes Sociais.
Turma de alunos do curso de Agronomia em Rolim de Moura onde situa o campus da Unir. | Foto: Blog Agronomia Unir
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