CONTAMINAÇÃO: Situação do lençol freático em Porto Velho é crítica e preocupa especialistas

As águas subterrâneas são utilizadas para diversos fins, como agricultura, pecuária e, principalmente, abastecimento industrial e residencial

CONTAMINAÇÃO: Situação do lençol freático em Porto Velho é crítica e preocupa especialistas

Foto: Divulgação

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Nesta sexta-feira (22) é comemorado o Dia Internacional da Água, data criada para alertar a população mundial sobre a importância da preservação dos recursos hídricos para sobrevivência de todos os seres vivos do planeta.

 

O planeta Terra é coberto por cerca de 70% de água. Desse total, 97% aproximadamente é água encontrada nos oceanos. Dos 3% de água doce, cerca de 14% encontra-se na forma de águas subterrâneas ou lençol freático subterrâneo de água.

 

As águas subterrâneas são utilizadas para diversos fins, como agricultura, pecuária e, principalmente, abastecimento industrial e residencial. Em Porto Velho não é diferente, parte da distribuição de água é realizada pela Companhia de Água e Esgoto de Rondônia - CAERD, e parte de poços tubulares ou “amazonas” comumente visto nas residências.

 

Contaminação

 

O município de Porto Velho teve um crescimento desordenado do meio urbano e, com isso, maior utilização dos recursos hídricos de maneira imprópria, o que gera também maior quantidade de esgoto.

 

Este esgoto geralmente não é tratado e assim é disposto em fossas negras ou dispensado ao ar livre e acaba se infiltrando no solo, o que leva à contaminação dos recursos hídricos subterrâneos.

 

Outro problema observado nas áreas urbanas é a presença de cemitérios e consequentemente, o necrochorume, que é o líquido resultante da decomposição dos corpos, que se infiltra no solo e contamina os recursos hídricos subterrâneos. Além disso, temos que voltar as atenções para a contaminação por resíduos industriais perigosos, derramamento de combustíveis e uso de produtos agrícolas, como agrotóxicos e fertilizantes que podem contaminar os lençóis freáticos e causar doenças de veiculação hídrica.

 

A contaminação do lençol freático às vezes passa despercebido pela gente. É um processo gradativo, onde uma simples ação de uma disposição incorreta de sacola de lixo pode parecer não oferecer perigo ou danos à saúde da nossa região, mas milhares em uma cidade causam uma poluição muito grande.

 

A avaliação da qualidade das águas subterrâneas é tema de estudo de diversos pesquisadores e serve como ferramenta de monitoramento de e apoio técnico para tomada de decisões em diversos municípios.

 

Como podemos ver, os lençóis freáticos são de grande importância para o abastecimento de água, porém estão sendo cada vez mais poluídos.

 

Um artigo publicado pelo pesquisador Rodinei Dantas Rodrigues (e outros) na Revista ScientiaAmazonia, no ano de 2014, mostrou os níveis de contaminação por coliformes fecais nos poços do “tipo amazonas” na região de Porto Velho.

 

Segundo os autores, todas as zonas urbanas de Porto Velho encontram-se com qualidade crítica da água em seus poços, com alto índice de contaminação bacteriológica, indicando presença de coliformes fecais, estando relacionada diretamente e, principalmente, com a presença da contaminação fecal por fossas negras, sendo impróprias para o consumo. O estudo mostrou que os bairros mais críticos são: Novo Porto Velho, Floresta, Nova Floresta e Agenor de Carvalho (RODRIGUES et al., 2014).

 

A saída

 

Medidas para preservação dos recursos hídricos precisam serem tomada urgentemente. Segundo o Instituto Trata Brasil, o município de Porto Velho se encontra na última posição no que se refere a serviços de esgoto, tratando apenas 3,39% do esgoto gerado e investindo apenas 6,1% da arrecadação em saneamento.

 

Buscamos muitas soluções através dos governos, porém a principal saída para o problema somos nós, cidadãos, termos a consciência que com mudanças de hábitos, como: a construção de fossas sépticas e não negras, destinação e separação correta dos resíduos sólidos, não descartar óleos em pias, por exemplo, são ações simples que podemos fazer para evitar a contaminação dos recursos hídricos.

 

Qualquer pessoa que flagrar focos de poluição ou degradação ambiental pode e deve estar denunciando na Secretaria de Meio Ambiente de Porto Velho.

 

Por: Engenheiros Ambientais Gabriel Freire e Yves Dias Brito

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