DE VOLTA AO LAR: Filha consegue tirar o pai da Casa do Ancião após adquirir apartamento

Estefânia contou que o pai morava no distrito de São Carlos, região da capital, e após sofrer um acidente foi levado para o João Paulo II e depois para a Casa do Ancião

DE VOLTA AO LAR: Filha consegue tirar o pai da Casa do Ancião após adquirir apartamento

Foto: Secom

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Uma situação rara foi registrada nesta sexta-feira (11) na Casa do Ancião São Vicente de Paula, em Porto Velho, com a reinserção ao núcleo familiar de Luiz Matias de Souza, 75 anos, acolhido em 23 de fevereiro de 2010 após sofrer acidente e ficar em situação de abandono no Pronto-Socorro João Paulo II.

 

Para se despedir do senhor Matias, a direção da Casa promoveu um café da manhã com a presença da secretária de Estado do Desenvolvimento Social, primeira-dama Luana Rocha; a adjunta Liana Almeida; técnicos da Seas; Médico com Propósito, grupo formado médicos e enfermeiros que leva animação também aos pacientes em unidades hospitalares; além da dona de casa Estefânia Alves de Souza, que foi buscar o pai acompanhada do esposo Fernando Lacerda e da filha Ana Vitória, 5 anos.

 

Estefânia contou que o pai morava no distrito de São Carlos, região da capital, e após sofrer um acidente foi levado para o João Paulo II e depois para a Casa do Ancião, enquanto ela e os dois irmãos imaginavam que ele havia falecido. Após descobrir que o pai estava na Casa do Ancião, ela não conseguiu levá-lo para casa devido às condições limitadas no distrito. Com a enchente do rio Madeira, Estefânia mudou-se para Porto Velho, e a partir daí começou a visitá-lo com frequência, mas ainda não podia cuidar dele porque morava em casa alugada. A reinserção só foi possível porque no mês de dezembro ela conseguiu receber a chave de um dos apartamentos entregues pelo governo estadual no Residencial Orgulho do Madeira.

 

Eu lutava há 5 anos para que meu pai morasse comigo. Sempre o buscava para passar o final de semana comigo e para festas comemorativas, mas não podia ficar com ele porque eu morava em casa alugada. Agora que fui beneficiada com um apartamento consegui a permissão da Casa. Estou muito feliz”, disse Estefânia, enquanto o pai, que tem dificuldades para falar, a segurava pela mão puxando para beijá-la. Os outros dois filhos, segundo a direção, nunca foram visitá-lo.

 

De acordo com a gerente da Casa, Sandra Savegnago, com a saída do senhor Matias agora são 28 idosos atendidos, dos quais 23 são homens e 6 mulheres. A mais idosa é Júlia Cosmo de Souza, que dia 15 de dezembro completou 90 anos; e o de menos idade é José Bier Meneses, 65 anos.

 

A secretária Luana destacou a importância do momento, lembrando que apesar da Casa atender às necessidades básicas, inclusive com atendimento psicossocial e manifestações de carinho pela equipe, é no seio familiar que a pessoa se sente mais feliz, convivendo com aqueles que ela criou e que agora têm a responsabilidade de retribuir.

 

“Estamos felizes por participarmos desta despedida, que é um momento raro nesta Casa, e felizes também por ela ter conseguido a casa e agora poder acolher o pai com todo carinho, pois a família é primordial. Eu cuido hoje do meu filho e amanhã ele cuidará de mim”, disse a secretária, parabenizando também o genro do seu Matias por apoiar a esposa neste momento.

 

Para que Luiz Matias fosse morar com a filha, foram necessários três meses de acompanhamento psicossocial com a psicóloga Larissa Almeida e a assistente social Eliane Almeida, que durante os próximos três meses irão observar também o processo de readaptação com visitas à família. A direção só lembra de outros dois casos de reinserção. Um deles foi um amigo que cedeu a casa para o idoso morar e o outro ocorreu em 2017.

 

Ainda durante a visita, a secretária Luana pediu para que fosse feito levantamento de todas as necessidades da Casa, inclusive da estrutura física, para que seja oferecimento o melhor atendimento às pessoas da terceira idade que após contribuir com o desenvolvimento da família e do próprio Estado e do País, acabaram sendo esquecidas e muitas delas abandonadas pelos próprios filhos ou parente mais próximo.

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