“Se a vida ensina, eu sou aprendiz” é o projeto desenvolvido pela Coordenadoria da Infância e Juventude do Poder Judiciário de Rondônia
Profissionais do TJAC fazem visita técnica para conhecer o programa / Foto: Comunicação - TJRO
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O projeto “Se a vida ensina, eu sou aprendiz”, desenvolvido pela Coordenadoria da Infância e Juventude do Poder Judiciário de Rondônia vira referência e desperta o interesse de profissionais da Justiça do Estado do Acre. Dois profissionais da Vara da Infância de Rio Branco, a psicóloga Kariny Costa Gonçalves e o diretor de Secretaria Wanderley Nogueira foram recebidos pelo Secretário-Geral do Tribunal de Justiça de Rondônia, juiz Sérgio William Teixeira, uma visita técnica para obter informações sobre o programa que consiste na capacitação, profissionalização e resgate de adolescentes em vulnerabilidade social, muitas vezes em cumprimento de medida socioeducativa.
O projeto teve início em 2014 e vem alcançando números surpreendentes, por isso chamou a atenção de estado vizinho. Mais de 800 adolescentes se formaram em cursos profissionalizantes. Desses, 400 tiveram admissão garantida em empregos como aprendizes.
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, “Aprendiz é o maior de quatorze anos e menor de vinte e quatro anos que celebra contrato de aprendizagem”. É o que também diz o Decreto 5.598, de 1º de dezembro de 2005, um dos vários itens da legislação aplicável utilizada para embasar o projeto.
Muitos jovens se envolvem em infrações em face de se encontrarem na hora errada, com a pessoa errada, geralmente por influências ou situações mais presentes em sua vida do que o que se considera ideal em termos de educação escolar e familiar. É a vulnerabilidade social a que muitos estão sujeitos, seja pela ausência dos pais que precisam trabalhar ou pelo convívio diário com pessoas e ambientes inadequados para o incentivo de bons costumes. Daí, surge o ato infracional, e com ele, um adolescente correndo o risco de perder definitivamente a sua dignidade, fruto do desenvolvimento físico, moral e psicológico.
Para a psicóloga Kariny, a maior dificuldade é mobilizar os empresários, que resistem ao fato de colocar no ambiente de trabalho quem cometeu um ato infracional, problema que foi superado em Rondônia com as garantias de acompanhamento feita pelo Judiciário.
Modelo Acuda
Outro aspecto de interesse foi a metodologia da Acuda- Associação Cultural e de Desenvolvimento do Apenado e Egresso, referência em ressocialização de apenados e que agora começa a trabalhar também com adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.
Conforme explicou o magistrado, a Acuda é uma organização não-governamental que desenvolve suas atividades laborais nas áreas de artesanato, massoterapia, tapeçaria, marcenaria, machetaria e cerâmica. Presta ainda assistência psicológica, médica, odontológica e holística. Por meio atividades terapêudicas como massoterapia, reiki, constelação familiar, biodança e eneagrama busca-se a transformação interna e consequentemente a externa. Tudo isso acontece no Complexo Penitenciário de Porto Velho, em espaço adequado e monitorado.
Grande entusiasta do modelo desenvolvido pela Acuda ao longo de 20 anos, o juiz Sérgio William fez questão de demonstrar as vantagens da metodologia. Também exibiu aos visitantes um vídeo institucional em que o novo projeto arquitetônico da instituição é apresentado.
A equipe acreana ficou impactada com o trabalho da Acuda, sobretudo pelo investimento na educação, formação social, trabalhabilidade e capacidade de construção de novas histórias de vida, inserindo-se nesse contexto familiar e social.
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