Gestão pública a salvação do Brasil - por George Braga

Digo mais: Os novos alcaides não devem ser prefeitos na maior acepção política. Devem ser gestores públicos. Tomar decisões difíceis, ter a coragem de exonerar apadrinhados políticos, colocar técnicos à frente das pastas, enfim, fazer o que tiver de fazer

Gestão pública a salvação do Brasil - por George Braga

Foto: Divulgação

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" A mão que afaga é a mesma que apedreja."

Augusto dos Anjos- Versos Íntimos. 1912

 

A partir de janeiro de 2017 teremos em Rondônia 52 novos prefeitos. Sim, novos, pois até os que se reelegeram, terão de se reinventar. A crise nacional, a queda na arrecadação, a falência de 20 estados brasileiros, a folha de pagamento inchada, a previdência desenfreada, a dívida estatal aumentando e a ausência de gestão estratégica, forçarão a essa transformação.

Digo mais: Os novos alcaides não devem ser prefeitos na maior acepção política. Devem ser gestores públicos. Tomar decisões difíceis, ter a coragem de exonerar apadrinhados políticos, colocar técnicos à frente das pastas, enfim, fazer o que tiver de fazer ou infelizmente terão de sofrer a fúria da imprensa e da população e em um ano ou máximo dois, já estarão jogando a toalha.

A palavra “coragem” tem sua origem no Latim CORATICUM, e possuía o mesmo significado. Este termo latino é composto por COR, que significa “coração” e o sufixo -ATICUM, que é utilizado para indicar uma ação referente ao radical anterior. CORATICUM seria, literalmente, ação do coração, isto porque acreditava-se que era neste órgão que a coragem se alocava. Os novos gestores precisarão mais que agir com o coração...

O que fazer então? Primeiro é ter conhecimento para gerir a máquina pública. Depois, coragem para tomar certas decisões e terceiro uma equipe técnica para fazer a máquina andar. Isso leva tempo, para saber das atribuições de cada secretaria, montar equipe, pontuar com ações estratégicas e ter uma vitrine, as vezes leva-se a metade do mandato para azeitar a máquina e aí já estamos caminhando para o final.

Portanto, já tem que chegar chegando. Devem criar um grupo de captação de recursos, auditar a folha e os contratos tentando diminuir os valores. Verificar possibilidade de parcerias, aumento de arrecadação e não de impostos, enxugar a máquina e os CDS, e, por fim, ter prazo, meta e condutor para projetos e processos, uma vez que nos perdemos nas tarefas e atendimentos do dia a dia.

Assim, meus amigos, como diz o poeta, aquele que te parabeniza hoje é o que te vomita amanhã. Aqueles que invadiram prédios públicos no Rio de Janeiro neste ano são os mesmos que bateram palmas há algum tempo atrás pelas benesses que receberam. Muito, mas muito cuidado com o dinheiro público. A permissividade é terrível na administração pública. O que segura o homem público nos cargos é a entrega de bens ou serviços à população. Nada mais.

George Braga, Secretário de Planejamento do Estado de Rondônia.

 

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