Ela havia conseguido o fornecimento do remédio por meio de uma liminar.
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
O Estado de Rondônia deve fornecer um medicamento que não é vendido no Brasil para o tratamento de uma paciente portadora de uma anemia crônica rara, a HPN (Hemoglobinúria Paroxística Noturna). O parecer foi emitido pela Procuradoria Geral da República em Rondônia e enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), que emitirá decisão baseada na avaliação.
O Estado havia entrado com um recurso contra a decisão do TJ-RO (Tribunal de Justiça estadual) que manteve a obrigação do fornecimento do medicamento chamado Eculizumab – Soliris à paciente, que não teve o nome revelado. Ela havia conseguido o fornecimento do remédio por meio de uma liminar.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destacou que a permanência da doença sem o devido tratamento poderia desencadear na paciente problemas como anemia, trombose, insuficiência renal crônica, hipertensão pulmonar, insuficiência hepática e acidente vascular cerebral, havendo alto risco de letalidade.
Janot sustentou que o Eculizumab – Soliris impede que ocorra a perda de glóbulos vermelhos (hemólise), "mostrando-se eficaz para evitar o agravamento da enfermidade e afastar o risco de morte dos doentes".
No recurso, o representante do Estado de Rondônia alegava o remédio não estava registrado na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e sua eficácia para o tratamento da doença da paciente "não estaria devidamente comprovada".
Entenda a doença
Devido a uma mutação genética, a medula dos portadores da HPN produz plaquetas sanguíneas, responsáveis pela coagulação, defeituosas e também glóbulos vermelhos que se quebram facilmente. Isso pode causar a formação de coágulos que culminam na trombose (impedindo a correta circulação do sangue) e liberar toxinas no organismo do doente. A pessoa passa a sofrer de anemia crônica.
A doença é extremamente rara, atingindo cinco pessoas a cada um milhão no mundo, e se caracteriza por sintomas como urina escura, olhos amarelados, cansaço extremo constante e, às vezes, icterícia.
Os pacientes com HPN precisam tomar remédios anticoagulantes. O único tratamento eficaz contra a doença é o transplante de medula óssea.
O jogador Alex Alves, que atuou no Cruzeiro, Palmeiras, Portuguesa e Hertha Berlim, morreu em 2012 após passar por um transplante de medula para tratar a HPN.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!