Desde quinta-feira, 13, a águas do rio Madeira estavam entrando nos galpões em frente ao deque do mirante que fica no Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM), preocupando historiadores e parte da comunidade em relação as peças que integram o acervo histórico, que cabe ao município a responsabilidade de preservá-las.
O museólogo e funcionário público Antônio Ocampo vem alertando as autoridades competentes sobre o perigo das águas tomarem conta dos galpões, principalmente o galpão onde estão a maior parte das peças que compõe o acervo histórico da EFMM.
Ainda na sexta-feira (14) e no sábado (15) ele divulgou fotos mostrando a situação crítica do local, com as águas do rio já tomando conta de boa parte do piso do galpão e molhando as peças. Nesta segunda-feira (17), a situação se tornou insustentável e apesar dos avisos, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Turismo (Semdestur), ainda não havia tomado nenhuma providência sobre a retirada das peças, que estão se deteriorando com a água.
Na manhã de hoje Ocampo protocolou junto ao Ministério Público do Estado de Rondônia denúncia na 21ª Promotoria de Justiça de Porto Velho sobre o estado em que se encontram atualmente as peças, diz o teor do documento: “(...) ao contrário do que está sendo noticiado as peças do museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré encontram-se atingidas pela águas devido a enchente. Que procurou a Fundação Cultural onde foi informado que a secretaria responsável seria a Secretaria Municipal de Turismo”.
A denúncia foi registrada com o número de protocolo 2014001010003612 no MPE. O museólogo disse que espera que medidas urgentes sejam tomadas pela secretaria responsável e que o Ministério Público fiscalize essa ação da administração municipal, caso contrário uma boa parte da história dos pioneiros de Rondônia vai se perder com as águas do rio Madeira.
|
Na sexta-feira (14) as águas do rio Madeira já havia entrado no galpão onde estão as peças que constituem o acervo histórico da EFMM. |
|
Nesta segunda-feira (17) as águas do rio já tomam conta de todo o galpão e as peças estão se deteriorando. |