EUA podem monitorar dados que passam por cabos no Brasil
Foto: Divulgação
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A vigilância feita pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) sobre dados privados de usuários de internet e telefonia envolve pelo menos outros quatro programas além do Prism, que ganhou repercussão após o jornal britânico "Guardian" revelar que ele permite acesso a informações de gigantes como Google e Facebook.
Na apresentação de PowerPoint que sustenta as revelações, vazada por um ex-funcionário de empresa contratada pela NSA, um dos slides aponta a existência dos quatro programas de "coleta de comunicações em cabos de fibra e infraestrutura".
Dois dos programas são nomeados, Fairview e Blarney, e dois foram apagados pelo "Guardian". Um dos programas de nome apagado, pelo que indica o mapa usado no slide, tem por alvo cabos submarinos situados, entre outros países, no Brasil.
"O slide sugere que a NSA tem drenos em cabos na América do Sul e no Oceano Índico", afirma Christopher Soghoian, "tecnologista" da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), que acionou o governo Obama pela coleta de dados da maior empresa telefônica do país, a Verizon -- primeira revelação feita pelo "Guardian".
Para Trevor Timm, da Electronic Frontier Foundation, que defende liberdade digital, embora "todo mundo esteja falando de Prism e Verizon, o vazamento da NSA joga luz" sobre os outros programas, que são igualmente de "vigilância massiva".
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