ESBR inicia recuperação de áreas degradadas no reservatório de jirau

Da Redação

26 de Abril de 2012 às 16:37

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ESBR inicia recuperação de áreas degradadas no reservatório de jirau

Foto: Divulgação

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A Cooperativa dos Produtores Rurais do Observatório Ambiental Jirau (COOPPROJIRAU) – uma iniciativa da concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau, Energia Sustentável do Brasil (ESBR) – concluiu o plantio de mais de 80 mil mudas florestais e frutíferas em 96 hectares, que antes da instalação da Usina eram utilizados como pastagens. Durante os próximos anos, o mesmo será feito em outras regiões degradadas da Área de Preservação Permanente (APP) do futuro reservatório da Hidrelétrica, seguindo o projeto elaborado pela EMBRAPA.

A APP do reservatório da Usina Jirau compreende 14 mil e 300 hectares, sendo 11 mil de florestas preservadas que necessitam apenas de manutenção e 3.300 de pastagem, que deverão ser restaurados, por meio do plantio de novas árvores e ações de preservação para sua regeneração. O trabalho é feito utilizando mudas nativas da região, de mais de 100 espécies diferentes, como a Castanheira, o Ipê Amarelo, o Angelim e o Ingá.

De acordo com o geólogo e analista ambiental Osmair Santos Ferreira, que integra a equipe de Meio Ambiente da ESBR, tais áreas estavam desmatadas antes das obras da Hidrelétrica.

A revegetação dos primeiros 96 hectares de pastagem, iniciada em janeiro e concluída em março, foi realizada através de um contrato da ESBR com a COOPPROJIRAU. Além do plantio, os cooperados também farão a manutenção das plantas para garantir o seu desenvolvimento. “As mudas que morrerem ou não se desenvolverem a contento serão substituídas. Isso nos dá a garantia de êxito no trabalho”, conta o analista ambiental Osmair Ferreira, reforçando que antes do plantio, as mudas passam por um processo de aclimatação. Foram retiradas do conforto das estufas e durante cerca de um mês ficaram expostas ao sol e às intempéries climáticas para tornarem-se mais resistentes.

O plantio envolveu pouco mais de 30 pessoas, entre cooperados e contratados da COOPPROJIRAU e do Viveiro Brasil, de Porto Velho, que reforçou o contingente. Além dos técnicos responsáveis pela assistência durante a atividade. O contrato com a Cooperativa tem como objetivo o fortalecimento da associação e a geração de renda das comunidades vizinhas ao empreendimento. Propósitos que vêm ao encontro da política da empresa para a região – de fomentar o seu desenvolvimento numa perspectiva de sustentabilidade. “Para a ESBR também é vantajoso esse contrato, pois como as mudas foram produzidas pelos agricultores da Cooperativa, que receberam capacitação e orientação técnica, eles são as melhores pessoas para plantar e cuidar delas também”, ressalta Osmair Ferreira.

O agricultor Everaldo Stanga, morador do Ramal 31 de Março, ainda não é cooperado, mas através do filho e de um irmão, que fazem parte da Cooperativa, ele conseguiu trabalho para ajudar no plantio e, com isso, passou a contar com uma renda adicional. “A gente que é da lavoura tem que diversificar. Não dá pra trabalhar em uma atividade só. Graças às mudas, eu e outras pessoas aqui da região conseguimos esse trabalho extra, que está ajudando muito na renda familiar. Além de ser gratificante, pois estamos contribuindo na recuperação das áreas que nossos filhos e netos irão desfrutar futuramente”, enfatiza Everaldo.

Produção de mudas

Através do Projeto de Produção de Mudas do Programa de Educação Ambiental, desenvolvido pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR), os produtores rurais associados à COOPPROJIRAU, participam das atividades do Observatório Ambiental Jirau e foram preparados, entre outras técnicas, para a coleta de sementes nas Áreas de Preservação Permanente da região e a produção de mudas em suas propriedades.

Nas capacitações sobre mudas, realizadas na Unidade Demonstrativa de Aprendizado em Manejo Ambiental – UDAMA, situada em Nova Mutum Paraná, os cooperados tiveram a oportunidade de aprender as técnicas de produção, como a coleta de semente na floresta, o modo de preparo do substrato para enchimento dos saquinhos das mudas, o semeio e quebra de dormência (processo que estimula a germinação da semente), tratos culturais em fase de viveiro e padrão de qualidade das mudas.

Como mais um incentivo ao desenvolvimento da Cooperativa, no ano passado a ESBR encomendou 120 mil mudas, dentre as quais 80 mil que já foram plantadas na APP. O restante do pedido, também já entregue, foi utilizado em outros projetos de revegetação e paisagismo da empresa. E uma nova encomenda, de mais 50 mil mudas, será entregue no final deste ano. “Os cooperados também já produzem para a comercialização ao público externo e estão com planos de ampliar, diversificar e aprimorar a produção. A compra das mudas pela ESBR e o contrato com a Cooperativa para o plantio e manutenção da APP é um incentivo, mas a intenção é que os próprios cooperados possam produzir e comercializar essa produção, contando com a nossa orientação técnica”, conclui o engenheiro florestal responsável pelo projeto, Itajacy Kishi.

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