PAINEL POLÍTICO - SEDAM quer trocar atual sistema de fiscalização por um que apresenta e facilita corrupção – Por Alan Alex
Foto: Divulgação
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RAUPP PRESSIONA E NOMEAÇÃO DE BATISTA PODE NÃO SAIR
Pressão
Decreto pronto, só faltava a publicação. Eis que chega o casal Raupp e “lembra” ao governador Confúcio Moura que ele não se elegeu sozinho e precisa começar a cumprir alguns acordos feitos durante a campanha. Entre esses acordos estaria a nomeação de Williams Pimentel na Secretaria de Estado da Saúde. Aí começa a pressão.
Atualizando
A situação acima descrita vem ocorrendo desde a semana passada, quando foi anunciado que Batista assumiria a titularidade da Sesau. O casal Valdir e Marinha Rauup, que sem dúvida alguma ajudou, e muito na eleição de Confúcio, vem fazendo forte pressão sobre o governador e a nomeação de Batista, que até sexta-feira era dada como certa, corre o risco de naufragar.
Complicado
Na verdade trocar Batista por Pimentel, ou Pimentel por Batista dá na mesma. Ambos são judicialmente complicados e Pimentel ainda tem contra si uma detenção recente pela Polícia Federal que ainda não foi bem explicada. De qualquer forma, vamos aguardar o desfecho.
Processo
A deputado Epifania Barbosa e o prefeito Roberto Sobrinho respondem solidariamente a uma ação da Vara da Infância e Juventude. A ação, movida pelo Ministério Público, está em fase de conclusão e deverá causar dor de cabeça a ambos, que vislumbram o futuro político. A deputada foi secretaria de educação da prefeitura e além dessa, outras ações que tramitam em segredo de justiça.
Mudança
A SEDAM vai mudar o sistema de controle de produtos e sub-produtos florestais. Atualmente é utilizado o SISFLORA que será substituído pelo Documento de Origem Florestal (DOF). Ocorre que o DOF é um sistema, que segundo engenheiros florestais e produtores, facilita a corrupção e compromete a arrecadação, por apresentar uma série de falhas no controle. Eles afirmam que a implantação do DOF permitirá a extração florestal ilegal de madeiras, acobertada com documentos de origem florestal originário de outros Estados.
Atualmente
O SISFLORA só permite a entrada de credito de produtos florestais oriundos de outros estados mediante vistoria com emissão de laudo de constatação de que o produto constante da nota fiscal e documento florestal condizem com os produtos florestais que estão adentrando no estado de Rondônia. O SISFLORA é um software proprietário e custa mensalmente aos cofres do Estado, algo em torno de R$ 114 mil. O DOF é um sistema aberto, mas exige uma fiscalização mais eficaz por parte da SEDAM em postos de controle. A secretaria Nanci Rodrigues disse que vai “ampliar essa fiscalização”, mas sabemos que isso não funciona assim.
Explicando
Para resumir de forma mais clara essa questão, o SISFLORA controla todo o caminho da madeira, da derrubada ao consumidor final. O DOF só controla da derrubada à serraria, o que facilita o manufaturamento de madeiras clandestinas, sem nenhum controle do Estado. Esse é o tipo de troca que parece ser econômica, mas o resultado final é desastroso.
Concursos
Em Rondônia fazer concurso público está virando motivo de piada para quem acompanha e irritação para quem é aprovado e nunca chamado. Tivemos nos últimos anos concurso para a prefeitura de Porto Velho (inspetor escolar e sócio-educador) que nunca foram chamados. A prefeitura alega que “a função não foi criada”. Se não existe, como fazem concurso? O Idaron realizou concurso em 2009, nunca chamou os aprovados. A Seduc fez concurso para professores e o governo está chamando mais de 1 mil emergenciais, mas não chama os aprovados.
Continuando
No interior, os concursos em sua maioria são cancelados ou suspensos por tempo indeterminado, seja por falhas nos editais ou má-fé dos realizadores. Agora por último temos o concurso da Secretaria de Justiça, que virou uma grande piada. O certame foi suspenso por ordem judicial e a previsão de julgamento é na segunda quinzena de maio.
Enquanto isso
Os aprovados em todos esses concursos ficam em casa aguardando o chamamento e não conseguem explicações minimamente satisfatórias por parte das empresas que realizam os certames ou mesmo por parte dos contratantes. Uma total falta de responsabilidade.
Transposição
O senador Acir Gurgacz anunciou nesta segunda-feira que sua assessoria, em contato com o Ministério do Planejamento, foi informada que o decreto da Transposição dos servidores de Rondônia foi encaminhado, ainda na semana passada, para a Casa Civil. O texto teria seguido, de acordo com o senador, “em caráter extra-oficial para uma primeira análise”.
9 mil
É o número médio de multas por infrações no trânsito registradas mensalmente pela Polícia Militar em Porto Velho. Passar no sinal vermelho, estacionar em lugares proibidos e dirigir sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) são algumas das principais infrações cometida no trânsito da Capital. O uso do celular com carro em movimento e a falta do cinto de segurança também são apontados entre as principais infrações cometidas pelos motoristas.
R$ 2 milhões
É quanto custa por dia as obras paradas na usina de Jirau.
Na Assembleia
Ainda esta semana toma posse na Assembleia Legislativa Marcos Donadon, conforme a coluna havia antecipado na semana passada. Com isso fica fora Davi Erse, que em seu discurso de posse chamou a imprensa de “pessimista a respeito de seu mandato” e que ele “ficaria até o fim”. Não que Marco Antônio seja melhor ou pior que Davi Erse, se formos avaliar pelo passado, Donadon perde feio. Mas Davi ainda tem um longo caminho a percorrer antes de fazer previsões sobre seu futuro político.
Confusão
O deputado Valter Araújo quer colocar detectores de metal na entrada das escolas para impedir a entrada de armas. A atitude é louvável, mas pouco eficiente e deverá causar uma confusão daquelas na hora da entrada. Essas portas costumam criar problemas em agencias bancárias, onde o fluxo é relativamente menor que em uma escola e o público é adulto. Imagine duas mil crianças querendo entrar ao mesmo tempo. Objetos metálicos fazem parte da rotina dessas crianças, vai ser complicado operacionalizar essa idéia.
Alternativas
É preciso pensar em buscar alternativas, como a observação mais atenta do comportamento dos alunos. Crianças com perfis menos sociáveis são facilmente percebidas e merecem um acompanhamento psicológico. Proibir a entrada de pessoas de fora do ambiente escolar também ajuda. O que aconteceu no Rio de Janeiro foi uma fatalidade, tão inédita quanto absurda. Tem que se trabalhar melhor o cotidiano dos alunos, já que os pais, em sua maioria, termina empurrando para as escolas a responsabilidade de educar e até de criar seus filhos.
Trabalho x coração
Ao avaliar o risco de doenças cardíacas para um paciente, os médicos consideram fatores como idade, colesterol e tabagismo. Um novo estudo sugere uma medida adicional: trabalhar por muitas horas. Segundo o estudo, pessoas que trabalhavam 11 horas ou mais por dia mostraram muito mais chances de desenvolver problemas cardíacos, num período de 12 anos, quando comparadas a pessoas similares trabalhando sete ou oito horas por dia. O relato foi publicado na última segunda-feira (4), em "Annals of Internal Medicine". No início da década de 1990, pesquisadores britânicos examinaram 7.095 adultos entre 39 e 62 anos, incluindo 2.109 mulheres, e usaram as informações para classificar o risco de cada um para a doença arterial coronariana. Cerca de 10% relataram trabalhar por longas horas. Durante uma média de 12,3 anos de acompanhamento, 29 participantes morreram de doenças cardíacas e 163 sofreram infartos não fatais. Aqueles que haviam relatado trabalhar dez ou mais horas por dia não mostraram um risco significativamente maior do que o grupo que trabalhava menos. Porém, os que trabalhavam mais de 11 horas por dia tinham 66% mais chances de sofrer um infarto ou morrer por um, afirmaram os pesquisadores.
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