Nada foi mais comentado depois das eleições do que as lambanças protagonizadas por institutos de pesquisas, aqui e alhures. O recordista na modalidade foi o Ibope, mais uma vez, diga-se.
A situação é tão grave que o senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) foi à tribuna do Senado, na sessão de terça-feira (5), e cobrou providências do TSE.
É preciso que alguma coisa de concreto seja feita para conter os abusos. Um juiz de futebol, por exemplo, quando erra três vezes consecutiva, é afastado de suas atividades. Já com os institutos nada acontece, justificou o parlamentar paraibano.
Para ele, não são apenas os candidatos que são lesados, mas, principalmente, os eleitores incautos, que se deixam influenciar por números fictícios, que não correspondem à realidade.
Por outro lado, os meios de comunicação, que publicam essas pesquisas, também são prejudicados, porque acabam caindo no descrédito da opinião pública.
O Datafolha garantiu que Dilma Rousseff seria eleita no primeiro turno. E o que dizer dos dados levantados pelo Vox Populi. Marina Silva não passava dos 10%. Ninguém lembrou, no entanto, de combinar com o eleitor.
No âmbito local, os erros foram gritantes. Muitos apostaram que o candidato João Cahulla chegaria em primeiro, com considerável diferença para o segundo colocado.
É por isso, que, hoje, instituto de pesquisa virou motivo de chacota, de piada de mau gosto em botequim de quinta categoria.