USINA - Noite de "rebelião" no canteiro de obras de Santo Antônio, armas anti-motim são usadas contra trabalhadores enfurecidos

Revoltados com a prisão dos companheiros de trabalho, cerca de 600 homens partiram para a tentativa de resgate dos presos. Uma verdadeira “batalha” teve inicio, com a utilização de todos os meios possíveis (armas não letais, bombas, sprays de pimenta) par

Da Redação

20 de Abril de 2010 às 09:21

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Foto: Divulgação

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Duas ocorrências policiais de “turba” enfurecida registrada em dois dias. Gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral, escopetas “cuspindo” balas de borracha no meio da selva. Um barril de pólvora prestes a explodir. Retrato tenebroso de duas noites de terror no alojamento dos trabalhadores que constroem a Usina de Santo Antônio em Porto Velho, capital de Rondônia.

Na noite de sábado para domingo (18), oito viaturas da Polícia Militar foram até o alojamento do CSAC – Consórcio Santo Antônio Civil, localizado nas proximidades da cachoeira de Santo Antônio. A “chapa” estava quente no local. Após a intervenção militar, a situação foi controlada e os ânimos apaziguados.

Porém, na noite desta segunda-feira (19), o caldo entornou novamente e desta vez o cenário encontrado pela Polícia foi de “rebelião”, sendo usadas táticas e armamento “anti-motim” para controlar uma turba enfurecida.

De acordo com o Boletim de Ocorrência 3142/2010, registrado ás 23h48 desta segunda (19), foi acionado via CIOP ( Centro integrado de operações policiais) a guarnição comandada pelo Sgt Cruz para atender uma ocorrência no canteiro de obras da Usina. Ao chegarem ao local, foram aconselhados pelo supervisor de vigilância para chamarem reforço. Foram chamadas para darem apoio as guarnições comandadas pelos CB Neto, Sgt Edilon e Cb Adamilton.

Enquanto a segurança do CSAC passava as informações preliminares, entre elas, as de que onze funcionários da empresa estariam “amotinados” e já haviam quebrado uma televisão, portas e vidraças, além de esvaziarem os extintores, foi ouvido pelo rádio operacional da empresa que os funcionários estavam amontoando colchões para atearem fogo, numa ação muito usada em rebeliões de presídios.

A segurança desceu até o local e informou via rádio que era para a PM descer com brevidade até o cenário da confusão. Com a chegada da polícia, os supostos amotinados empreenderam fuga, sendo que quatro homens foram detidos.

Aí o caldo entornou de vez. Revoltados com a prisão dos companheiros de trabalho, cerca de 600 homens partiram para a tentativa de resgate dos presos. Uma verdadeira “batalha” teve inicio, com a utilização de todos os meios possíveis (armas não letais, bombas, sprays de pimenta) para controlar a situação. Os barrageiros ainda lançaram dezenas de pedras contra as viaturas, sendo que houve danos nas CPs 115, 077, 078.

Foram encaminhados a Central de Polícia, os trabalhadores João B.O., Dionizio P.S., Rodolfo T., e André B.O., sendo registrado como crime de Danos contra o patrimônio da CSAC. Os policias relataram ainda que não puderam constatar a veracidade dos danos supostamente praticados pelos barrageiros, já que a turba enfurecida não deixou a PM se aproximar dos alojamentos.

OUTRO LADO

Na manhã desta terça-feira (20), a reportagem do Rondoniaovivo entrou em contato com Valdemar Camata, responsável pela CSAC para saber qual motivo gerou a rebelião dos barargeiros. Camata disse que estava em trânsito até o local do fato e poderia no decorrer do dia, passar maiores informações e esclarecer os fatos sobre a confusão no canteiro de obras de santo Antônio. Esta não é aprimeira confusão de grande porte registrado no canteiro de obras da CSAC - (Saiba mais -clique aqui)

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