Comandante e instrutor do Corpo de Bombeiros explicam caso de aluno do Curso de Formação

Da Redação

05 de Março de 2010 às 14:48

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Comandante e instrutor do Corpo de Bombeiros explicam caso de aluno do Curso de Formação

Foto: Divulgação

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O comandante do Corpo de Bombeiro Militar – CBM-RO, coronel Ronaldo Nunes, explicou que o aluno do Curso de Formação para Bombeiro, Ramirez Andrade de Jesus, que está internado na UTI, tinha pânico de água e que lhe foi recomendado tratamento psicológico para curar sua fobia. Nunes lembra que também foi indicado que Ramirez trancasse o curso até estar em condições anímicas para completar a última etapa da Formação. “Ele podia trancar o curso, para não ser reprovado, e voltar no ano subseqüente sem ser prejudicado, tendo tempo para administrar seu problema de medo de água”, indicou o comandante.

Segundo o comandante, Ramirez não seguiu as recomendações. O aluno Bombeiro, então, resolveu tentar fazer o teste de natação. No dia 25 de fevereiro, Ramirez teve a chance de tentar passar na prova. O local era o balneário do Rio Preto, onde o aluno terminaria sendo notícia, pois teria segundo denúncias de seus familiares, se afogado.

Nunes relatou que Ramirez tentou completar a prova no rio e se apavorou. Foi resgatado, mas insistiu em tentar mais uma vez. Teve nova chance, mas não conseguiu. “Ele não se afogou. Claro que bebeu um pouco de água, mas dizer que teve que ser auxiliado e teve uma parada cardíaca, isso é exagero!”, apontou.

O comandante informou que os fatos daquele dia estão sendo apurados. Uma investigação está sendo promovida e todas as verdades serão levadas ao esclarecimento em breve. No entanto, Nunes refuta as acusações dos pais, e atribui à eles e à pressão feita ao estudante o comportamento temerário que Ramirez adotou e que acabou por comprometê-lo diante de sua vontade de ser Bombeiro.

O treinamento em água no Corpo de Bombeiros, segundo o comandante, é imprescindível, especialmente na Região Norte. “Sem ele, sem o controle psicológico necessário fica difícil a ação do soldado. E nós, do Corpo de Bombeiros zelamos pela segurança em todo o processo”, enfatizou.

Coronel Chianca refuta acusações e diz que aluno tinha histórico de atestados médicos

O instrutor do Curso de Salvamento Aquático, Tenente Coronel Felipe Chianca, negou categoricamente que tenha havido afogamento do aluno Ramirez Andrade de Jesus, 20 anos. “Ele não se afogou. Nem levou “caldo” como estão declarando. Ele teve princípio de afogamento durante instrução, mas foi socorrido. Não houve necessidade, inclusive, de nenhum procedimento de reanimação cardiopulmonar”, relatou o instrutor.

Chianca está sendo acusado pela família de Ramirez de ser responsável de suposto afogamento do aluno durante prova de instrução do curso de Formação para Bombeiro Militar. Segundo o coronel, o aluno Ramirez saiu da prova aquática andando. Chegou à Guarnição, assinou documentos e foi liberado. “Ele não saiu de ambulância. Nem foi direto para o hospital”, argumentou.

Felipe Chianca relatou que não tem nada contra Ramirez, inclusive acompanhou as orientações que o mesmo teve do próprio comandante Ronaldo Nunes, que pediu para que trancasse a matéria e retornasse quando resolvesse o problema de aversão à água. “Nós sugerimos a ele que vencesse o medo de entra na água e voltasse a para tentar se formar”, apontou.

O Bombeiro relatou também que Ramirez tinha um prévio histórico de apresentação de atestados médicos que o faziam driblar qualquer prova ou instrução em rios e balneários. “Na piscina ele não tinha muitos problemas. Mas quando a situação era em algum rio de águas turvas, ele chegava a passar mal e até vomitar. Ele fugia dessas instruções”, completou.

No dia do incidente, conta o instrutir, Ramirez apresentou um atestado médico que o condicionava como apto para o exercício, mesmo assim foi aconselhado a não cumprir a instrução, mas ele insistiu em fazer o teste para não ser reprovado, ou ter que trancar o curso aquático.

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