Hospital João Paulo II agiliza reforma para melhorar fluxo e atendimento; perdura problema de superlotação

Hospital João Paulo II agiliza reforma para melhorar fluxo e atendimento; perdura problema de superlotação

Hospital João Paulo II agiliza reforma para melhorar fluxo e atendimento; perdura problema de superlotação

Foto: Divulgação

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Nesta terça-feira (20), o médico Rodrigo Bastos, diretor-geral do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, explicou sobre o novo projeto de reestruturação daquela unidade hospitalar, que está sendo realizado em conjunto com o Departamento Estadual de Obras (Deosp) e envolve a reforma do Pronto Socorro Clínico, do saguão central e da recepção do hospital, com a finalidade de agilizar o fluxo e trazer um melhor atendimento aos pacientes.
 
De acordo com o médico, essa obra vai proporcionar adequação e agilidade no atendimento inicial aos pacientes que recorrem ao João Paulo II, melhorando o fluxo de pessoas e adequando o Acolhimento com a Classificação de Risco, de acordo com a Política Nacional de Humanização (PNH).
 
Ele explica, por exemplo, que o novo desenho da estrutura vai indicar a priorização do atendimento aos pacientes graves, e os novos setores serão identificados por cores - azul, amarelo e vermelho -, que vão indicar os diferentes tipos de atendimentos necessários.   
 
Haverá, segundo Rodrigo, uma sala de espera, climatizada, onde o paciente poderá aguardar sentado e ali será feita a classificação de risco. “Este local será onde o paciente passará pela primeira triagem para identificar que tipo de encaminhamento será necessário e dali sairá com a definição e marcação de consulta, se for o caso”.  Se o caso for de acidente, o paciente em seguida será atendido no Pronto Socorro de Traumas, que estará localizado próximo de onde estão sendo concluídas as obras do serviço de tomografia computadorizada.
 
SUPERLOTAÇÃO AINDA É PROBLEMA
 
Ao discorrer sobre as melhorias que vêm sendo encaminhadas na unidade hospitalar para melhorar o fluxo e o atendimento aos pacientes, Rodrigo Bastos diz que a superlotação da unidade ainda é um problema que demanda a atenção dos gestores municipais de saúde, uma vez que os pacientes ainda são encaminhados pelas unidades do interior, sem que os responsáveis pelo encaminhamento agendem a entrada do paciente ao hospital. Um outro problema levantado pelo médico é em relação à alta médica. “Muitos pacientes estão de alta, necessitam de leito, mas não necessariamente, de estar no João Paulo II. Aí, ficam aqui aguardando para onde ir e ocupando leitos. Nos casos de pacientes do interior, eles ficam aguardando vir as ambulâncias para levá-los de volta e, com isso, continuam ocupando leitos que poderiam estar atendendo outros casos mais urgentes”, explica. 
 
CAPITAL NÃO TEM LEITOS HOSPITALARES DISPONÍVEIS
 
Os pacientes de cidades de pequeno porte que precisam retornar, mas que precisam de leitos, podem voltar, muitas vezes, para os hospitais de pequeno porte existentes em 22 cidades do interior de Rondônia. Isso, por exemplo, não acontece com a Capital que não tem, sequer, um leito disponível para que se encaminhe o paciente após ter sanado o atendimento no João Paulo, com a complexidade que o caso requer. Somente na Capital, registra-se um aumento de 30% no número de atendimentos a acidentes, a maioria por motocicletas. 
 
Tanto na Capital, quanto no interior, segundo Rodrigo Bastos, esse assunto vem sendo exaustivamente debatido, inclusive, nas reuniões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que se reúne mensalmente na Capital. Ele explica que, a partir de meados do mês de novembro, o João Paulo II vai atender somente os casos de referência, encaminhados tanto da Capital, quanto do interior. Da discussão para esta adequação está participando, inclusive, a área de Saúde do Ministério Público, comentou Rodrigo.
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