Um reajuste de 42,22% no piso salarial dos motoristas de barragem pode encerrar nesta sexta-feira(16), às 9h, em assembleia-geral da categoria no posto Pedrinhas, BR-364, próximo ao canteiro de obras da hidrelétrica de Jirau, o estado de greve anunciado no último final de semana pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários no Estado de Rondônia (Sinttrar) e que paralisaria as obras da hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho (RO).
A proposta, que reajusta de R$668,00 para R$950,00 o piso da categoria, foi definida durante a quarta audiência do dissídio de greve com pedido de liminar realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, mediada e conduzida pelo desembargador Vulmar de Araújo Coêlho Junior, com acompanhamento do Ministério Público do Trabalho da 14ª Região, técnicos da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (SRE-RO), e de representantes dos proprietários das empresas de ônibus e do Sinttrar.
Os motoristas reivindicaram, inicialmente, um piso salarial de R$1.200,00 e os donos das empresas fizeram a contraproposta de R$780,00. A partir da proposta de conciliação feita pelo desembargador Vulmar Coêlho para que o piso fosse reajustado para R$950,00, as partes conseguiram avançar nas discussões.
Pela contraproposta dos empresários e que será votada pelos motoristas em assembleia-geral, o piso da categoria será de R$950,00 a partir de 1º de novembro, acrescido de R$100,00 como ticket-prêmio-alimentação, cesta alimentação de cerca de R$70,00 e mais 1% de repasse à entidade sindical sobre o piso para assistência à saúde dos trabalhadores.
O Sinttrar também decidiu submeter à apreciação da assembleia-geral da entidade a proposta de conciliação da Justiça do Trabalho, que prevê um piso salarial de R$950,00, abono de R$100,00, R$70,00 de cesta alimento e reajuste para R$1.000,00 a partir de 1º fevereiro, com vigência até o início de julho, data-base da categoria.
A previsão é de que a decisão dos motoristas seja homologada pelo TRT na audiência final do dissídio, terça-feira, às 17h, no plenário do Tribunal. Empresários e trabalhadores também firmaram um acordo para que no prazo de 60 dias os donos de ônibus contratem novos motoristas para garantir o transporte de trabalharem em dois turnos.