Na manhã da última quinta feira (01) por volta das 8h00 um homem, ainda desconhecido, realizou um assalto nas proximidades do colégio Laura Vicunã, zona central de Porto Velho, e na fuga pulou vários muros entre as casas da região próximas ao roubo.
Durante a fuga o ladrão entrou em um terreno baldio localizado na avenida Abunã entre a ruas Campos Sales e Tenreiro Aranha, o local fica em uma das áreas mais antigas e nobres de Porto Velho, os policiais que chegaram ao terreno vasculharam toda a área, porém o matagal e lixo envolto no local dificultou o trabalho dos PMs.
Esse é mais dos muitos terrenos abandonados em áreas urbanas de Porto Velho, que não só deixam a cidade com aspecto de abandono como também leva risco de morte aos moradores, pois na perseguição o bandido utilizou o terreno para pular o muro das casas adjacentes, sendo que uma senhora cadeirante mora ao lado do terreno.
“O bandido pulou o muro da minha casa e derrubou um varal de roupa que estava estendido no quintal, ainda bem que eu tinha acabado de trancar a porta da minha cozinha, pois não sei o que poderia ter acontecido comigo”, disse assustado um morador que preferiu não se identificar.
Dentro do terreno foi constatada uma situação deprimente e caótica, além do mato alto e da frente não ser murada, no local existe fezes humanas, bastante lixo acumulado, revistas pornográficas, quimbas de todos os tipos de droga e roupas usadas, características de que o local é bastante utilizado como esconderijo de bandidos e para consumo de entorpecente de usuários.
Uma lei complementar N° 360/200 do município de Porto Velho, exige que os donos de terrenos baldios construam calçadas ao redor assim como limpar o local, sob pena de multa da prefeitura de Porto Velho.
Em contato com o fiscal municipal Moisés Cruz, a reportagem do Rondoniaovivo foi informada que denúncias de terrenos baldios na capital são as campeãs na SEMUSB (Secretária Municipal de Serviços Básicos), porém o fator que mais dificulta a fiscalização é o registro dos terrenos, que geralmente nunca estão registrados com o nome do verdadeiro dono, fato que impossibilita a aplicação de multa ou qualquer penalidade legal.
“Estamos diariamente correndo atrás das denúncias, porém quando não conseguimos localizar o dono do terreno passamos a situação para a EMDUR (Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano), pois, neste caso é acionado o trabalho dos garis para a limpeza do terreno. Enquanto não mudar as leis para punir severamente esses donos de terrenos fica impossível um trabalho completo de fiscalização e penalidades”, afirmou Moisés.
Sobre a questão do terreno baldio onde o bandido se escondeu, Moisés garantiu que a fiscalização municipal irá até o local e tentará localizar o dono do terreno para que providências sejam tomadas imediatamente.
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