A felicidade acometeu o peito da população do distrito de Extrema, no município de Porto Velho, que saiu pelas ruas esburacadas, que deixa claro o atual descaso da administração municipal, para comemorar a decisão positiva dada pelo Tribunal Superior Eleitoral sobre o plebiscito.
Um exemplo típico de uma festa democrática, pois índios e não-índios comemoram com intensidade a conquista recém anunciada pelo Poder Judiciário.
As palavras de José Bispo e Ari Kaxarari simbolizaram a expressão máxima do povo lutador de Extrema, que para conquistar seu sonho chegou a entrar em combate corporal com agentes da Polícia Rodoviária Federal, no dia 06 de agosto deste ano, no que já é conhecida como a “Batalha de Extrema”, a qual simboliza o ápice da luta popular pela emancipação do município de Porto Velho.
Os moradores dos distritos de Extrema, Vista Alegre, Fortaleza do Abunã e Nova Califórnia, agora estão em festa com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que autorizou a realização de um plebiscito para a criação do município de Extrema de Rondônia. “Acompanho de perto a luta dos moradores da região da Ponta do Abunã para buscar a sua emancipação. Em agosto último, estive em Brasília com uma comissão formada por representantes da população e autoridades com o ministro do TSE Fernando Gonçalves, quando apresentamos a necessidade da criação do novo município. Agora, com a autorização do plebiscito, fica mais próximo o sonho de se tornar realidade”, disse o vice-governador João Cahulla.
Cahulla estava acompanhado do senador Valdir Raupp, a deputada federal Marinha Raupp, doss deputados estaduais Miguel Sena, Edson Martins e Valter Araújo e foi recebido pelo presidente da Comissão Pró-Emancipação, José Aparecido Bispo, junto com moradores do distrito de Extrema.
“Conquistamos uma vitória que nos fortalece e nos dá mais ânimo para continuar lutando. A união de todos em torno desse sonho, o apoio das autoridades foi decisivo para alcançarmos essa vitória”, declarou Bispo.
Desde julho de 2007, que a Assembléia Legislativa Estadual aprovou o plebiscito. Mas, para que a emancipação se concretize é preciso que o Congresso Nacional elabore a Lei Complementar Federal, exigida pela Constituição, que deverá tratar da criação, fusão, incorporação e desmembramento de municípios.